Por que eu não ministro cursos?

Saudações irmãos de fé, aqui quem vos fala é o neófito, para um bate-papo, jogo rápido.

Alguns irmãos me enviam e-mails solicitando cursos, porque eu não ministro cursos para ninguém?

Inicialmente, um dos motivos é muito óbvio, não me acho apto, nem tampouco com conteúdo o suficiente para ministrar quaisquer cursos relacionados à Umbanda, posteriormente a esse fato, acho que ministrar cursos é LIMITAR o trabalho dos guias e orixás, que se apresentam das mais variadas formas, que se apresentam nas mais variadas égides, vibrações, colônias e afins, eu ministrar um curso é o mesmo que ensinar a todos a forma correta de se escrever, o que seria uma falácia, muitos utilizam letras de forma, outros letras de mão, outros letras estereotipadas, outros somente maiúsculas, mas no final, o objetivo é o mesmo, manuscreve o que necessitam de forma diferenciada, obviamente.

Acho muita pretensão ministrar cursos como se houvesse somente uma forma de trabalhar a Umbanda, existem linhas, rituais, a linha do Saraceni apesar de ser muito bem fundamentada, foi uma mistura de linhas antigas, existe uma mescla entre W.W da Matta, do Pai Benjamin, entre outros, ele apenas reinventou a roda, mas teve a inteligência de documentar e divulgar a sua linha de pensamento, isso não significa que meus guias e orixás trabalharão da forma dele, porque eu tenho a minha vibração peculiar, eu tenho as minhas linhas que atuam de forma diferente, a minha égide é diferente e a minha linha de raciocínio também o é.

Não existe apenas uma forma de efetuar a cura espiritual, existe Mahikari, o Reiki, a Cromoterapia, existem um universo de vibrações para atender a todo tipo de necessitado, assim como existem diversas especialidades médicas, existem também diversas formas de realizar trabalhos espirituais. Até mesmo o Cristianismo tem uma centena de vertentes determinada pela própria interpretação da bíblia.

Existem linhas com 16 orixás, com 8 orixás, com 3 orixás, se todas elas executam com maestria o verdadeiro objetivo da Umbanda, que é a caridade acima de qualquer coisa, então que o seja.

Eu tenho a minha linha peculiar de raciocínio que com a graça de Deus nunca foi sugestionada por ninguém, apenas fecho os meus olhos, mentalizo e peço ao Cósmico que me forneça o conhecimento necessário para realizar um bom trabalho.

Não adianta ter a parede cheia de certificados se sua experiência prática como médium é medíocre, hoje estampam certificados como se fossem dirigentes regulamentados.

Acho que há muito problema de autossugestão, você muitas vezes vai em casas, os médiuns parecem robôs, trinta médiuns na casa que trabalham identicamente em todas as linhas, parece uma linha de produção, uma fábrica de clones. Cada ser tem a sua individualidade, cada ser tem a sua manifestação divina, se assim fosse diferente, não existia também filhos diferentes de orixás, muitas casas, são incríveis, parece um desfile militar, todos idênticos, atuando da mesma forma para qualquer trabalho, aos olhos da assistência, é algo lindo, cadência militar total, todos uniformes e gritando em uníssono, mas para quem começa a observar, acho que perde totalmente a identidade de cada médium.

“Assim como Mar Calmo não faz bom marinheiro, o melhor dos cursos não te faz o melhor profissional, você tem apenas um norte, mas tudo depende única e exclusivamente de você. Assim como conheço pessoas que vieram de um ensino fraco e entraram na melhor das faculdades e é um excelente profissional, também conheço os ricos que estudaram nas melhores escolas e são péssimos. Tudo depende única e exclusivamente de você, o determinismo é uma falácia social, vale lembrar. ”

Quando alguém me pergunta qual a linha que eu sigo, eu digo que sigo a linha que me é ensinada, mais voltada para a Umbanda Esotérica, porém, tenho entidades que trabalham na linha do Catimbó, como foi relatado em diversos artigos que eu possuo no blog. Sigo acima de tudo, a linha do meu coração, não existe o certo ou o errado, apenas um conjunto de boas práticas que visam como objetivo o alcance do Bem Maior, não gosto de rótulos, como já postei, não tenho nenhuma credencial terrena que me dá o direito de ministrar um trabalho, apenas tenho comigo os resultados, o sorriso e a gratidão de cada um que me procura, e isso, vale mais que qualquer coisa.

Muito melhor fazerem vocês pensarem, terem senso crítico a dizer de forma quase que fascista o que é certo ou errado dentro da Umbanda!

“Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém…”

Eu ministro outros diversos cursos voltados para Marketing, Ciência de Dados, que é onde eu tenho proficiência, a Umbanda, tenho apenas experiência de uma pequena parte dela, e isso me impede, de querer ensinar algo que ainda estou aprendendo.

Rápido, Sucinto e Rasteiro.

Namastê.

Neófito da Luz.

Golpe da Amarração, Doença Espiritual e Comércio nos Terreiros

Saudações irmãos…

Hoje me deparei com uma notícia que passou no “Fala Brasil” que não me cansa de surpreender. Uma mulher roubou R$ 100.000,00 de uma empresa para pagar o serviço ao “pai-de-santo” para curar a sua filha…

Infelizmente isso ainda é muito comum, muitas pessoas por desespero encontram nesses espaços, nessas pessoas a solução para todos seus problemas, alguns pensam em se suicidar, outros pensam em se escorar nesses oportunistas que se aproveitam da vulnerabilidade alheia.

Gostaria de enfatizar aqui que eu sou EXTREMAMENTE CONTRA QUAISQUER COBRANÇAS REALIZADAS PARA QUAISQUER BENEFÍCIOS DENTRO DE TERREIROS, INCLUSIVE, CHEGOU AO MEU CONHECIMENTO CENTROS QUE OBRIGAM MEDIUNS A FAZER O CURSO DE INICIAÇÃO MEDIÚNICA E COBRAM POR ISSO, ISSO NÃO É CASA DE CARIDADE E SIM VIVER DA UMBANDA.

A iniciativa desse blog começou apenas para transmissão de informações, com o decorrer do tempo, algumas pessoas chegaram até mim solicitando ajuda, cuidados, cura e outras buscas e com cinco anos de blog, nunca realizei nenhuma cobrança, mesmo porque eu não preciso viver disso e nem tampouco cobrar para ver a felicidade das pessoas, isso deveria ser a maior recompensa para aqueles que buscam a senda da caridade e não para aqueles que encontraram nela o seu meio de vida. Não mentirei, gosto de dinheiro, gosto de viver no luxo, ter carro do ano sim, mas isso é em virtude do meu esforço, muito estudo e dedicação, conheço dirigentes que vivem da Umbanda, PORÉM, são excelentes dirigentes, estão sempre presentes, sempre buscando meios para obtenção de prosperidade e saúde dos filhos, se doa, e nada mais justo de arrumar uma forma de cobrar para sua sobrevivência, mas não é COBRAR A MÃO e sim CURSOS, REALIZAÇÃO DE BAZARES, entre outros, infelizmente, esse tipo de dirigente compõe no máximo 1% de todos eles, existem os oportunistas que se encontram através de uma doutrina “pop” que usam de diversos cursos e desculpas para obtenção de renda, hoje não se faz caridade, hoje se faz uma troca, eu te ajudo por algumas centenas de reais e assim caminhamos na senda espiritual capitalista.

Claro que existem algumas categorias de dirigentes, e a do título do post pra mim é a mais repugnante, eu mesmo já relatei no blog algumas situações, um dirigente mandou a adepta vender o carro porque o trabalho era pesado, precisava retirar seres infernais de seu corpo que só saíam com carnes e bebidas nobres, e para isso, cobravam caro para abandonar seu corpo, outro fator é um dirigente falar que só poderia fazer a limpeza nas filhas se a mesmas ficassem despidas porque até as roupas continham energias deletérias e atrapalhava a limpeza, pois a energia da roupa traria de volta a energia ruim que foi acabada de limpar, outro fato foi um Exú que disse que o filho de uma umbandista estava encomendado pelas hostes espirituais, e precisaria fazer um trabalho muito sério e teria que falar com o seu “burro”, o médium que ele ocupava, o mesmo cobrou R$ 45000 ou o carro para fazer esse trabalho e a filha o fez + parte do salário dela DURANTE SEIS MESES.

A grosso modo, de forma bem ignóbil, prevalece a máxima que para cada esperto, existem “vários trouxas”, e para não nos tornarmos vítimas dessas questões, dessas circunstâncias, só temos como arma, o estudo, o esclarecimento e a busca por referências, somente assim nos blindamos contra esses tipos de influências em nossas visas.

Hoje o roubo já ficou tradicional, isso é muito comum em centros que gostam de ostentar, um Orixá pedir um ibá de R$ 4000,00 porque ele precisa, o dirigente cobrar a mão para fazer o santo, EU REALMENTE FICO ATÔNITO COM ESSA DE “FAZER O SANTO”, será que isso é realmente necessário? Tudo o que recebemos, recebemos da Providência Divina e não é necessária intervenção humana para tal. Pessoas fazendo rateio para ajudar o filho a comprar a roupa pra sair, me desculpem a sinceridade, mas VÁ COMPRAR CESTA BÁSICA PARA PESSOAS QUE PRECISAM AO INVÉS DE FICAR COMPRANDO ROUPAS PARA SATISFAZER EGOS IDIOTAS E COLABORAR COM A APOTEOSE EXISTENTES NA CASA, VÁ AJUDAR CRIANÇAS, IDOSOS AO INVÉS DE INFLAR ESSE MALDITO EGO DE QUERER TER A MELHOR ROUPA PARA O ORIXÁ VIR E DANÇAR. ORIXÁ NÃO PRECISA DE ROUPA, ORIXA NÃO PRECISA DISSO, ORIXÁ PRECISA TER UM FILHO CORRETO E INTELIGENTE PARA SERVIR AOS FILHOS DE FÉ.

Semana passada me deparei com uma pessoa que gastou R$ 3500,00 no Ibá de seu Orixa, ibá seria a louça do orixá, ela estava desempregada e precisou pedir empréstimo porque é uma exigência do dirigente, o que me remeteu a uma circunstância que ocorreu na casa onde eu cuidava que o Exú só trabalharia se tivesse a capa dele.

Digo que a cobrança dentro dos terreiros me enoja, a caridade atingiu um patamar medíocre, hoje tudo é com dinheiro, e sinceramente, isso tende a piorar ainda mais, se virar moda o filho ter que pagar pelo curso de iniciação mediúnica pra vestir branco, será o apogeu da ignorância.

Fico feliz de ainda ter centros que sabem trabalhar dentro da cartilha, conheço diversos dirigentes do qual a grande minoria tem o meu respeito, que ainda trabalham na Lei, que ainda embasam seus estudos e trabalhos no conhecimento fornecido pelos guias e até mesmo pelo ifá.

Quem quiser ajudar para as mazelas do filho, que ajude de coração, pela missão que lhe foi confiada e destinada e não use isso como moeda de troca, a única moeda de troca que vale é a evolução, o aprendizado e a graça que alcançará e não com a cobrança.

Volto a ressaltar, sou totalmente a favor de cursos ministrados pela casa, mas esses cursos devem ser voluntários, quem tem interesse e condições de fazer que o façam e não obrigatórios, isso é lamentável, pior ainda é o número de filhos que preenchem essas casas, fico impressionado com o número de mendigos espirituais que cercam essas casas, além de como são exaltados e VENERADOS esses dirigentes.

Dirigente nada mais é que um ser humano como você, que teve a missão de ser dirigente, isso não o coloca acima, superior ou melhor que você, apenas em uma posição diferente e que muitas vezes é MUITO MAL REALIZADA, o que muitas vezes me faz respeitar um médium da casa e não o seu dirigente, quantas vezes já presenciei o dirigente da casa COM NADA EM SUA MATÉRIA e dois ou três filhos com uma comunicação BEM REALIZADA? Isso pra mim é o que conta, não títulos, posição ou um cara sentado na cadeira porque ele conseguiu o seu espaço na casa da caridade, muitas vezes não por mérito e sim por condições financeiras, o que mais vale pra mim é aquele filho firme, que comunica bem com o seus mentores e que faz o trabalho da caridade ser o que sempre foi, venerável, admirável, gratificante.

E não alimentem golpistas, não alimentei essa cobrança exacerbada pelo trabalho da caridade, e DIGO-LHES COM TODA CERTEZA, O PRINCÍPIO ATIVO DE QUALQUER GRAÇA ALCANÇADA PARTE DE SUA PRÓPRIA CABEÇA E REALIZAÇÃO PESSOAL, TODA GRAÇA, TODA REALIZAÇÃO, TODO MILAGRE OCORRE DE DENTRO PARA FORA E NÃO DE FORA PARA DENTRO! SEMPRE!

Fraternais Abraços.

Neófito da Luz.