Preceitos, Sacrifícios e Superstições

Saudações amados…

Primeiro começaremos com a palavra “Preceito”, falar um pouco dessa palavra tão amada, odiada e controversa dentro dos cultos umbandistas.

Etimologia

Do latim praeceptuim seria uma ordem ou até mesmo a proibição da realização de determinados atos, ou até mesmo nos abstermos deles. Podemos defini-lo também como um conjunto de normas que existem em muitos meios litúrgicos, como na Igreja Católica, Candomblé e até mesmo em muitas templos Umbandistas. Podemos entender que são regras estabelecidas afim de atingir o sucesso de um determinado ritual.

Utilização do Preceito e sua relação com sacrifícios e superstição.

Os preceitos variam de casa a casa, o que entra mais uma vez naquele meu conceito que REGRAS não EXISTEM e se EXISTEM, é para serem QUEBRADAS ou ao menos QUESTIONADAS. Algumas casas que “fazem” o santo pede ao filho para ficar de obrigação durante três meses, ou seja, sem sexo, sem álcool e sem carne. Outras casas, reduzem para 21 dias e assim vai variando de acordo com a experiência de trabalho de casa dirigente. O meu pupilo, do qual abriu uma casa, para obtenção do sucesso mediúnico, absteve-se do álcool e do sexo casual, só terá relações sexuais quando realmente tiver uma namorada firme, o que não ocorre há 3 anos.

Só com simples exemplos, já podemos compreender que o preceito nada mais é que concepções individuais de cada centro, de cada dirigente. Existem muitos dogmas que exigem o sacrifício renunciando aos maiores prazeres que podemos ter, no hinduísmo, existem vários tipos de sacrifícios que possuem como objetivo principal o aperfeiçoamento do ser, no hinduísmo são conhecidos como Yajna, então todo sacrifício está ligado à renúncia e evolução do ser, podemos compreender que nos sacrificarmos é mostrar a Algo ou Alguém a nossa dedicação e irrefutável adoração para um determinado objetivo, correto?

Podemos compreender que o Preceito é renunciar a algo, e quando estamos renunciando a algo, estamos fazendo um sacrifício a isso, que recorrendo à etimologia da palavra sacrifício podemos compreendê-la como SACRO OFÍCIO.

Então podemos entender que o preceito é um sacrifício a algo, é uma renúncia e no caso em questão, para os Orixás e Guias, isso me remete novamente a tempos imemoriais, onde era necessário o sacrifício de animais para acalmar Deuses, não tínhamos a compreensão de como ocorriam os terremotos, tempestades, chuvas torrenciais e como somos condicionados desde novo à adoração de Ídolos e “Endeusar” o desconhecido, criamos seres extraterrestres, Deuses antropomórficos, Anjos e Demônios para não nos sentirmos sozinhos no Universo e consequentemente isso tornou-se um hábito que virou tradição ou cultura, como queiram, e perpetuou os costumes até os dias de hoje. Vale lembrar que não estou questionando a existência de ETs, Anjos e tudo mais, é apenas para ilustrar uma ideia.

Um irmão me disse uma vez: Se está ou não certo, tenho que respeitar como é cultuado os Orixás, se é antigo ou não, como estou no culto aos orixás, devo vestir a camisa que me foi concedida.

Acho nobre o pensamento, sem dúvidas, mas quem disse que temos que fazer tudo isso? O Orixá chegou a você e criou dezenas de regras e fundamentos para você seguir cegamente ou te foi passado por um dirigente mais experiente (ou pelo menos devia) e repassou o que seu antigo dirigente que repassou o que seu antigo dirigente passou?

Vejo muitos dirigentes AFIRMANDO que o sexo denigre o corpo espiritual e com isso, prejudica o seu trabalho espiritual, com isso, volto novamente àquela excelente médium que fazia programas e trabalhava muito melhor que qualquer puritano dentro do centro. Será que é necessária toda essa carga de preceitos?

Não estou entrando no mérito se sexo faz bem ou não nos momentos que precedem os trabalhos, nem estou fazendo uma apologia para isso, mas convido-os a se questionarem, qual a necessidade de ficar 21 dias após uma obrigação pro Orixá? Purificação? Será que cultuamos seres tão LIMITADOS a ponto de Exigir tamanho sacrifício? Com que fim?

Já fui novo, já fui solteiro, e lembro-me de um trabalho que ocorreu excepcionalmente no domingo, os filhos foram avisados de última hora, fui em uma churrascaria no mesmo dia e tive relações com a mina namorada, eu totalmente envolto de culpa, acendi uma vela pedindo perdão aos meus orixás porque teria que trabalhar (Nessa época já não falava tudo pra minha madrinha pra não ser julgado, quem tem que me julgar são apenas os que eu sirvo e mais ninguém) e senti que tinha que ir trabalhar, e quem foi o sortudo a ajudar no descarrego da casa e do filho? Eu! No final do trabalho ainda recebi um elogio pela minha firmeza. Tenho certeza que se ela soubesse que tive relações 6h antes e comi carne pra caraca, o discurso seria outro!

Esses preceitos podem até ter sua relevada significância, mas acho que não pode se ruma regra, cada pessoa tem uma vibração diferente, uma fraqueza diferente, um ponto de força diferente, para alguns, talvez seria impeditivo um bom trabalho, para outros, talvez não interferiria em nada, como foi o meu caso. Então eu acho que criar regras engessadas generalizando a todos, é errado, do mesmo modo que algumas pessoas bebem um pouco e já ficam tontas, outras mesmo não bebendo, são muito mais resistentes, assim também é nosso corpo espiritual. Após acender a vela, senti vontade de trabalhar, me senti capaz e apto para julgar e a tradição, a superstição, deu lugar a certeza e a vontade de fazer o meu melhor, por isso, sempre digo no blog, a vontade e a capacidade falam mais alto que qualquer outra coisa.

Não acredito em Orixás castigadores, não acredito em medidas punitivas, pelo menos não é o que os meus demonstram, nem tampouco muitos que conheci, já temos tantos problemas na vida, já temos tantas inseguranças, incertezas, mágoas, você entrar dentro de um terreiro pra ser ainda mais humilhado? Vá pra …

Sobre esse monte de obrigações da época da Pedra Lascada, ainda mesmo que eu estou sendo hipócrita, respeito quem ainda tem essa tendência, de sacrificar animais, de raspar a cabeça, fazer as curas, mesmo sabendo que isso é desnecessário, pelo menos pra mim, evolutivamente falando, não faz mais o menor sentido PARA MIM, nunca necessitei, mas posso entender que ainda existem pessoas que devem passar por esse processo, mas o que mais me revolta, é que muitos o fazem sem saber porque, fazem porque muitos possuem a promessa de ter seus “Caminhos Abertos”.

Venho pensando muito sobre a atitude dos guias e orixás que decorrem de diversos centros, vejo pessoas MORRENDO DE MEDO porque trocaram os orixás em sua feitura, pessoas que POSSUEM PAVOR porque seu dirigente morreu e precisam urgente tirar a MAO dele. Me questiono muito: Somos tão medíocres, somos tão sensíveis a ponto de ter nossas vidas modificadas por uma pessoa como nós? Só porque ela tem um título significa que são melhores que nós? Estão acima de nós? Que possuem um pdoer sobrenatural porque “fizeram”a nossa cabeça? Será que realmente precisamos dessa feitura?

Existem dirigentes que tem seu potencial mediúnico muito inferior a um filho iniciante da casa.

Quantos doutores não erram seu diagnóstico? Quantos Ph.D. não erram suas teorias? Quantas mentes ilustres da história chegaram a conclusões com tanta convicção e séculos depois foram “derrubados”? Até hoje me pergunto, em 2015, quantos evangélicos acreditam cegamente em seu pastor como o enviado de Cristo e os mesmos se enriquecem às custas da santa ignorância de seus fiéis? E na Umbanda é diferente? No Candomblé é diferente? Conheço um dirigente aqui em Guarulhos que é extremamente ignorante, mas a casa é cheia de filhos (tão ou mais ignorantes quanto ele) e ele andando extremamente bem, de Azera com motorista enquanto seus filhos vendem o Vale Alimentação para alimentar “o santo”?

Acho que a simplicidade fala mais alto que qualquer coisa, se o Orixá não entende que você está sem dinheiro, não tem tempo para buscar alguma coisa ou não consegue fazer a sua oferenda e te castigará por isso, mais uma vez um grande “Vá pra …”. Já foi o tempo de conseguir as coisas na base do medo, pessoas esclarecidas, inteligentes, sabe que o respeito só pode ser verdadeiro quando você tem um líder, quando você idolatra, compreende, admira alguém, quando você segue algo ou alguém por medo de represália, isso não é respeito e sim OPRESSÃO, uma prática ainda mesmo que arcaica, muito comum em diversos terreiros.

Se Orixá Representa Vida, tem que ser às custas da Vida de Outrem???

Se realmente Guias e Orixás são tão ignorantes ao ponto de exigir tantos sacrifícios, se um dia eu tiver prova cabal dessa afirmação, eu fecho esse blog e mando tudo para onde a luz do sol não alcança. O sacrifício é inerente para o desenvolvimento humano, quantas vezes deixamos de pensar em nós para agradar a outros? A Própria mediunidade já é um sacrifício, você doando seu corpo, seu tempo, tendo que se abster de algumas coisas no dia dos trabalhos, já é um grande sacrifício? E ainda querem mais? Para muitos, principalmente pra mim, murchar o ego, perdir desculps para certa pessoa, já é um sacrifício e é esse tipo de sacrifício que acredito que eles cobrem, o sacrifício de você ser alguém melhor. Evoluído e não ter que matar bichos para acalmar o santo!

Muitas religiões “populares” infelizmente sofrem com o tradicionalismo mal fundamentado, a superstição, o medo de experimentar e a fé cega e inabalável em algo que eles mesmos não entendem, vejo por esse blog, quantas pessoas me elogiam e quantas me apedrejam porque eu não respeito. Sim, eu respeito sim se você tem argumentação válida para isso, não com desculpas medíocres dizendo que o Orixá é assim, quem te disso isso? Seu dirigente que se enriquece às suas custas?

Uma coisa é fato, se somos uma Centelha Divina, porque somos tão sensíveis às energias de outrem? Simples… Porque nos deixamos nos influenciar? Quantas pessoas são curadas com pílula de açúcar? Quantas pessoas em doenças terminais, como o Câncer sofrem de cura espontânea? Quantas pessoas com vitiligo, que é dito uma doença evolutiva deixa de crescer? Tudo vai do que acreditam. Se acreditam piamente que Orixá é essa energia imbecil que cobra, que exige, que te suga, assim o será, agora se acreditam no Deus Misericordioso, no Orixá que é desdobramento puro do Universo, que é aquele que te consola, te compreende e te ajuda, assim ele também o será.

Feliz ou infelizmente somos capazes de criar nosso próprio universo, nossa própria versão da realidade, existe um artigo no blog de uma conversa que eu tive com um exu que ajuda a ilustrar essa ideia: http://www.umbandadochico.com.br/blog/2013/11/12/a-questao-da-percepcao-um-caso-de-ponto-de-vista/

Se acha que Orixá é gastar R$ 4000,00 em uma feitura para ele ter “orgulho” de você ou que sua mediunidade ficará mais firme (sim, eu já busquei por isso também) tudo bem, mas te digo, é muito mais fácil dizer que está inconsciente com uma entidade que só vem pra dançar e comer, é muito simples dizer que é inconsciente nessas condições.

Dirigentes não são Deuses, Pastores não são Deuses, parem de acreditar cegamente em tudo o que veem e ouvem, tenham sua personalidade, questionem, tenham sua concepção individual das coisas, podemos ter um outro exemplo. O que esperar de uma entidade de um filho que tem problemas de alcoolismo e que exige a cachaça em seus trabalhos, mesmo sabendo que o filho é consciente e que OBVIAMENTE a entidade não levará tudo? Se é esse tipo de Umbanda que querem acreditar, idolatrar, parabéns, vão com fé, depois não digam que a religião é ridícula ou que é malévola.

Se você é daquele que acha que sua vida vai virar porque trocaram seu orixá! Vá com fé, te respeito, porque cada um tem o seu tempo, porém, quando acordar, não culpe o orixá e sim a sua ignorância.

Se você é daquele que acha que se o dirigente morreu, a sua energia, a sua centelha morrerá com ele, parabéns! Você precisou so seu dirigente para nascer? Você precisou dele para o que? Ele foi apenas uma ajuda, um pequeno elo de ligação entre você e seu orixá, porque o orixá é seu, ele já nasceu pronto pra você, o dirigente só facilita o intermédio, pelo menos, deveria.

Todos nós somos centelhas pulsantes no Universo, autossuficientes, temos a nossa própria luz, mas muitos são como a Lua, passam a vida toda achando que tem alguma luz, mas a luz da lua é o reflexo do sol, ela possui uma fonte de luz secundária, assim agem muitas pessoas, buscam ídolos, fontes externas de adoração e acabam sendo apenas reflexo daquilo que admiram, não contendo sua própria luz, ignoram suas propria personalidade e com isso, deixam de fazer questionamentos. Muitas vivem nas Trevas da Ignorância, não assumem a responsabilidade do presente mais valioso que receberam: O Livre Arbítrio. Questionem, tenham como principal ídolos, vocês mesmos, alguns irmãos no blog, acham que eu sou iluminado, obiviamente o meu ego rejubila-se com isso, mas a verdade é que sou outro errante, buscador, cheio de defeitos e qualidades, que tem vários problemas, que muitas vezes mal se entende, mas pelo menos, sou fiel a mim mesmo.

Superstição cega o homem, faz ele perder a razão, seguir o que outros dizem sem questionarem ou ao menos entenderem o ponto de vista, chegarão ao mesmo lugar. Se acreditam piamente que Deus os condenará ao fogo Eterno por mazelas em sua vida Terrena, parabéns!!! Para quem é pai, sabem que nós, mesmo com personalidade imperfeita, é inconcebível condernamos nosso filho a um mal eterno, mesmo com nossa personalidade manchada de miasmas, quem dirá Deus, o Grande Pai Eterno criador de todo o Universo, como Ele em toda sua misericórdia nos condenaria ao Inferno, à Punição do Foto Eterno, na suposta morada do “kapeta” pela nossa ignorância? Basta refletir durante 2 minutinhos! Para aqueles locais que pregam tanto a Palavra do senhor, mas em 90% do culto só se fala do inimigo.

Fui apedrejado por muitos quando falei da Quaresma, já imaginava, posso estar errado em tudo o que eu falo, porém, eu estudo, pesquiso, vou atrás, posso estar errado, mas tenho argumentos para sustentar a minha ideia, não faço porque um dirigente que às vezes tem uma personalidade muito pior que a minha, o faz e eu o seguirei cegamente, mesmo porque, confesso achar uma grande hipocrisia falarmos que somos todos iguais, viemos todos sim, da mesma essência, porém, não somos todos iguais e nunca seremos, sempre haverá pessoas melhores que nós e piores que nós, sempre haverá pessoas com atitudes deprimentes e pessoas com atitudes louváveis, assim é a vida, independente se iremos todos para o mesmo buraco, podemos ser iguais em essência, porém, muito diferentes em vibrações.

E o que nos fará melhor ou pior que outros, não é um brajá, não é uma toquinha dizendo que sou mago e nem tampouco um título de sacerdote, é a minha prática, é o meu empenho, é o meu estudo e minha ligação honesta com o mundo espiritual, muitos nasceram pra seguir, infelizmente faz parte da evolução, muitas vezes somos capachos, quantos centros já entrei que o dirigente fazia um ou outro de motorista sem nem ajudar com a gasolina? Ótimo, você está fazendo de coração, mas o bom senso existe não? Todo local sempre haverá o bem intencionado e sempre haverá o mal intencionado que se aproveita disso.

E aqueles centros que testam a entidade? Colocando em risco a integridade física e moral do filho? Muitos podem achar lindo, eu acho uma baboseira, uma lambança, dirigente que é dirigente só de olhar para o filho sabe se ele está em condições ou não de trabalhar, essas atitudes só o deixará mais inseguro, menos propício a um bom trabalho.

Tem dirigentes que andam até pensos, com tanto brajá no pescoço. Pra que? Somos condicionados a títulos, ostentação, é intrínseca à nossa personalidade, muitos confiarão mais em um dirigente que tem 1000 brajás no pescoço a um que só tem um mísero fio de Oxalá, somos condicionados a isso. Mesma coisa quando estamos em alguma arte marcial e vemos um faixa preta, o que julgamos que aquele atingiu a maestria, mas quantas vezes, já presenciei a derrota do mesmo para alunos com 2 ou 3 faixas abaixo? Isso porque artes marciais tem todo um treinamento, na Umbanda, o cara tem uma grana, tá entediado e decide abrir uma casa sem preparo algum ou tem um espaço no fundo de casa e começa o centro. Sim, isso pode ser desígnio da espiritualidade, OK, mas antes de achar que tá tudo escrito, acredito no livre arbítrio.

Acredito piamente na compreensão de nossos amigos espirituais, da mesma forma que compreendemos manias, hábitos e atitudes de nossos filhos, de crianças de um modo geral, justamente porque já passamos por isso, quantas vezes meus filhos cometem alguma atitude que pra mim sobe o sangue, mas relembro que eu já fui igual, rapidamente sou tomado por uma onda de compaixão, compreensão e amor, logo, voltando para o aspecto religioso, se aquilo que eu sigo, não for melhor do que eu, não serve pra mim, como já exemplifiquei acima, só sigo e respeito, o que eu admiro, e pra eu admirar tem que ter o mesmo nível ou ser muito superior a mim e baseado nessa premissa, que compreendo meus amigos espirituais. Sem represálias, sem julgamentos, sem opressões e sim compreensão, fraternidade e amor.

DA mesma forma que já passaram tudo o que passamos, somos crianças aos olhos de muitos deles, e por que não ser compreendido pelos mesmos?

Já temos tantos problemas na vida, se o mundo espiritual for mais um, prefiro não seguir nada.

Portanto, saí totalmente dessas crendices de Orixá que castiga, que você vai ter a vida torta se fizeram o seu “santo” errado, que seu exú precisa de frango, posso até ACREDITAR que possam existir essas coisas, obviamente, eu posso, no mundo material só vivemos em conjecturas, mas isso não existe no MEU UNIVERSO, porque NÃO é algo bom pra mim, não deixo isso me abalar, o primeiro dirigente que passou a mão na minha cabeça faleceu há 8 anos, o segundo que também me fez pra Ogum, supostamente errou o meu “santo” até eu passar pelo terceiro, que eu fiz tudo pra Xangô, isso não me mudou em nada, apenas me fortaleceu, me fez pesquisar ainda mais e me fez acreditar que há uma Umbanda amorosa, fraterna, simples e compreensível lá fora e não ao que eu fui condicionado a acreditar.

Um dia isso chegou a ser realidade pra mim, como já postei em vários artigos, hoje não faz parte da minha realidade, vi que foram apenas tradições e ensinamentos supersticiosos, tradicionalistas e ignóbeis.

Apenas um desabafo de um rabugento.

Paz Profunda.

Neófito da Luz.’.

Falangeiros de Orixás

Saudações maninhos… Como foram de carnaval?

Aqui estou eu para tentar elucidar um pouco sobre a diferença de Orixás, Falangeiros e os Guias Espirituais dos quais trabalhamos.

Existe muita confusão quanto a esse aspecto e gostaria de tentar esmiuçar um pouco sobre um assunto tão complicado.

É notório que lemos em várias literaturas, aquelas legiões e/ou falanges de orixás, a mais conhecida é a falange de Ogum, que tem como chefes de falange Ogum Beira-Mar, Ogum Iara, Ogum Rompe-Mato, entre outros, outros falangeiros como os de Xangô, já começamos a encontrar algumas discórdias entre as literaturas, das quais existem Xangô Kaô, Xangô Sete Cachoeiras, Pedra Branca entre outros.

Primeiramente gostaria de elucidar dentro do que eu acredito a diferença entre Orixás, Falangeiros e Chefes de Falange ou Legiões:

  1. Orixás – Desprendimentos vibratórios Naturais, compreendemos como “Qualidades” de Deus ou “Centelhas Divinas”, são vibrações Universais que habitam o Cosmos trazendo para nós seus aspectos positivos e negativos, possuímos aquela Centelha nativa, da qual nascemos no momento em que foi concebida nossa existência e temos aqueles que nos regem em cada reencarnação que habitamos, afim de nos auxiliar a evoluir e concluir aquela missão da qual fomos incumbidos. Em suma, nunca encarnaram, nunca se casaram e nem tampouco se encantaram, em minha humilde opinião, essas histórias são alegorias para ilustrar como funcionam essas vibrações, energias, forças.

     

  2. Falangeiros de Orixás – São espíritos que atingiram um patamar de alta evolução natural daquela vibração, são os representantes naturais de nossos orixás, são espíritos que trazem consigo a vibração pura do Orixá bem como a sua energia elementar, RARAMENTE falam, apesar que em muitas casas, são trazidos para a realização de consultas, isso vai depender da cultura da casa, muitas vezes eles mesmos dão seu próprio nome ou enviam um erê ou outro mensageiro para dar o respectivo. É nesse assunto que encontramos diversas opiniões a respeito do assunto, os falangeiros não são Orixás, porque Orixás são Vibrações, os falangeiros são seus representantes, são aqueles que traz a energia pura e consequentemente, são incorporantes, alguns exemplos de falangeiros:

Ogum

  • Ogum Beira-Mar;
  • Ogum Sete Espadas;
  • Ogum Marinho;
  • Ogum de Ronda;
  • Ogum Sete Ondas;
  • Ogum Rompe-Mato;
  • Ogum Pedreira;
  • Ogum Naruê;
  • Ogum Dilê;
  • Ogum Sete Encruzilhadas;
  • Ogum Sete Estradas;
  • Ogum Megê;
  • Ogum Iara.

Xangô

  • Sete Pedreiras;
  • Pedra Branca;
  • Sete Cachoeiras;
  • Pedra Preta;
  • Pedra Bruta;
  • Cachoeira

Normalmente, são os mais conhecidos, foram os falangeiros mais estudados, esses são representantes da vibração pura do Orixá, obviamente existem diversos outros falangeiros. Esses falangeiros são conhecidos por muitos dirigentes como qualidades do orixá, representam o campo de atuação do Orixá correspondente, por exemplo, Orixás que carregam outras vibrações, como o caso de Ogum Rompe-Mato que carrega a vibração de Oxóssi, Xango Cachoeira que carrega a vibração de Oxum e assim por diante.

Encontramos muitas literaturas informando a qualidade de outros orixás, por exemplo, Oxóssi Ibualamo, Xangô Alafin, essas são denominações na nação e diferem um pouco na Umbanda, no Candomblé existem as QUALIDADES dos Orixás e junto com as qualidades, suas respectivas características, na Umbanda o termo qualidade não faz muito sentido e é substituído pelo tipo do falangeiro. Ex. Você é filho de Ogum, ao invés de indagarmos qual a qualidade, indagamos qual é o falangeiro, no caso, alguns exemplos foram citados acima, o mesmo ocorre com Xangô e outros Orixás.

Obviamente, alguns foram migrados da Nação, no caso de Ogum Megê, que na verdade vem de Meji, que significa duas cabeças, Ogum Xoroquê é um grande exemplo de sua existência tanto no Candomblé, como na Umbanda, é natural que herdemos algumas raízes da Nação justamente por ser nossa única referência ao culto dos orixás.

  1. Guias Espirituais – São os chamados “catiços” por muitos da nação, são espíritos que já tiveram sua encarnação na Terra, são espíritos incorporantes que dão consulta, trabalham sob as irradiações dos Orixás, são os caboclos, erês, preto-velhos e todas as demais linhas que compõem a egrégora umbandista, nesses também temos algumas subdivisões, das quais:
    1. Chefes de Legião – São guias espirituais que já atingiram alto patamar vibratório, raramente são incorporantes, eles são responsáveis por toda uma legião de falanges do mundo espiritual, por exemplo, APENAS PARA EXEMPLIFICAR, em algumas literaturas, dizem que o Caboclo das Sete Encruzilhadas é o chefe da legião de todos os caboclos que compõem a legião da Jurema, Sete Flechas e outros caboclos que trazem nomes de tribos, como Tupã, Tupi, Aimoré, Guarani, entre outros;
    2. Chefes de Falange – São os guias espirituais chefe de cada falange de guias espirituais, por exemplo, podemos ter um Pena Branca chefe de falange de todos os Pena Brancas, são os direcionadores dos guias espirituais que carregam o mesmo nome, são os mentores dos guias espirituais que trazem o nome de toda uma falange, nem todos são incorporantes;
    3. Guias Espirituais – São os guias que estão sob o comando dos exemplos acima, ainda possuem larga estrada para o caminho evolutivo, porém, já atingiram um grau vibratório necessário para trazer maiores encargos magísticos, são os mais comuns durante os trabalhos umbandistas;
    4. Protetores – Como eu sempre digo no blog, nem todo guia espiritual está isento do processo reencarnatório, muitos ainda possuem a missão de reencarnar e passar pelas mazelas do corpo carnal afim de atingir seu objetivo de evolução, entre esses espíritos, são mais comuns essas linhas que surgiram depois da Umbanda Tradicional, como baianos, marinheiros, cangaceiros, entre outros, vale enfatizar que NEM TODOS os guias que atuam nessas linhas são protetores, alguns já atingiram um patamar vibratório como chefe de falange ou até mesmo guia espiritual. Alguns exus também fazem parte desse grupo.

Mas o foco é o título do blog, os falangeiros em suma são os representantes da Força, na Umbanda não acreditamos que incorporamos os Orixás e sim seus representantes naturais, dos quais denominamos falangeiros, apenas para recapitular, raramente falam, raramente trabalham em consultas, normalmente chegam apenas para limpar o ambiente para que os guias espirituais possam trabalhar. Trabalham com maior eficácia com os elementais.

Apenas uma síntese para acabar com algumas pequenas dúvidas, ainda está em estudo o nome de outros falangeiros de Orixás, a tendência é que se apresentem e que paremos de utilizar denominações da nação, existem muitos centros de Umbanda que dedicam pelo menos uma vez ao ano, um trabalho destinado aos falangeiros e como os mesmos chegam muito pouco durante os trabalhos, a tendência de aprendemos com eles se torna mais reduzida, eu mesmo não dou muita importância ao culto dos Orixás, minha ligação é mais enfática com os guias espirituais.

Uma outra dúvida que existe, é se é possível ter mais de um falangeiro do Orixá e SIM, é possível, um filho trabalhar por exemplo com Ogum Rompe-Mato, Ogum Dilê e até mesmo um terceiro, por exemplo, Ogum Malê, vale lembrar que isso depende da missão do filho, vai depender de como ele realiza os seus trabalhos e da necessidade espiritual do mesmo, obviamente, filhos destinados a abrir uma casa, terão mais guias espirituais para a contenção do que filhos que tem apenas como missão evolutiva trabalhar dentro de uma casa de caridade.

Eu sempre digo aqui, sua linha será formatada de acordo com a sua missão, e sim, sua missão pode mudar, você pode evoluir, temos o livre arbítrio, se no meio do percurso você tiver mais saldo que débitos, obviamente novos guias espirituais se aproximarão e trarão mais força para a sua linha para que você possa desempenhar com maestria sua designação. Se existe algo escrito, temos a capacidade de mudar e nisso, obviamente novos mentores se aproximarão.

Tudo é dinâmico.

Namastê.

Neófito da Luz .’.

Saravá Sr. João do Coco – Obrigado pela Viagem!

Saudações Irmãos

O Artigo é para compartilhar uma experiência excepcional que eu tive, não diria que chega aos pés dos contos de Wagner Borges, mas realmente me deixou exalando felicidades.

Sempre acreditei que existe no plano extra físico, locais semelhantes aos vividos no meio físico, isso sempre foi algo que sempre tive comigo, conforme já explanado no Cristianismo (No reino de meu pai há diversas moradas), bem como outras literaturas orientais, como no taoísmo e até mesmo no hinduísmo, tive o privilégio de vivenciar algo que seria difícil descrever…

Primeiramente, João do Coco é um baianinho que eu trabalho, tem por volta de 11 anos, apresenta-se com a tez bem queimada pelo sol, bem bronzeado, chapeuzinho de palha bem pequeno, camisa azul e calça branca, não é porque é um mentor que eu sirvo, mas é de uma simpatia e simplicidade que sempre me encantou, extremamente dócil, fala fina, sotaque puxado, brincalhão ao extremo, ainda não sei o motivo e porque isso aconteceu comigo, mas tentarei relatar a experiência.

Estava no aconchego de minha cama, quando de repente eu apaguei e quando percebi, estava em uma roda de fogueira, todo mundo dançando e cantando, era um local simples, mas carregado de extrema alegria, simplicidade e uma energia indizível, uma vibração contagiante e fantástica, me deparei com pessoas muito simples, porém felizes, nas mais variadas faixas etárias.

Era muito estranho, parecia festa de São João, mas no momento eu não reconhecia ninguém, mas fui convidado a curtir, a vivenciar aquele estado alegre de espírito, muitas piadas, muitos contos, muitas histórias, pessoas que eu mal conhecia, mas fui contagiado por tanta alegria e nem quis saber se conhecia alguém ou não, fui logo me enturmando, aquela fogueira regada a muitas piadas, não me recordo se havia comida, não em atentei ao detalhe, mas me chamou atenção aquela festa, aquele forró comendo solto, o sanfoneiro, o repique, a zabumba, todo mundo alegre, brincando e me recebendo muito bem, do nada, me deparo com o João do Coco, brincando, pegando em minha mão e me chamando para o meio das danças, eu sou um cara relativamente materialista, gosto de frequentar bons lugares, ter um determinado luxo e confesso, sem o mínimo de hipocrisia, sem demagogia, pela primeira vez percebi na pele como conseguimos ser felizes ou ter vislumbres de felicidades com tão pouco, um povo relativamente simples e extremamente amáveis, receptivos.

Diferentemente de outros sonhos que eu obtive, de onde vieram fundamentos, ensinamentos litúrgicos da casa que me foi solicitada, esse foi um sonho que ainda estou refletindo sobre cada momento, ainda vívido em minha memória, a cada instante, tento extrair novas lições que sei que nada acontece por acaso, um deles foi o instante simplista que eu tive, tive um relapso de aprendizado quanto o materialismo em meu cotidiano, a simplicidade daquelas pessoas me encantaram de forma singular, eu ouso dizer que a alegria é inenarrável.

Presenciei de uma ótica privilegiada o modo que muitos de nossos mentores espirituais viveram, principalmente os que ocupam o arquétipo de baianos, mestres, cangaceiros e até mesmo malandros, se realmente ali for um pedaço de Aruanda, quero ser um guia espiritual, Rsrs. Claro que sempre tive comigo que a vida de guias espirituais não é o trabalho exacerbado, aquele fanatismo demasiado e de estar sempre alerta, existe vida após a morte, e, para VIDA eu digo a Curtição, a Alegria, a roda de Amigos, a música, sim, se não foi uma projeção intensiva do meu pré-consciente, o que eu também sempre desconfio, foi uma experiência incrível oriunda de um guia espiritual do qual nada esperei muito além do excelente trabalho que ele presta na linha de baianos.

Alguém já compartilhou de experiências semelhates? Comentem…

Namastê.

Neófito da Luz .’.

Os Tropeiros na Umbanda

Saudações Fraternais queridos irmãos de fé.

Aqui quem vos fala é o neófito trazendo mais um assunto “nada a ver” pra gente refletir…

Há algumas semanas atrás, me deparei com uma situação curiosa, um boiadeiro sentado, usando poncho (Depois de muita pesquisa pra entender o que ele usava, achei essa denominação), cachimbo (O que difere muito de boiadeiros que eu conheci), que gosta de trabalhar sentado (O que também não tem nada a ver com nenhum boiadeiro que eu conheci), que falava “portunhol” (O que também nunca vi em um boiadeiro) e foi muito estranho, o vi particularmente materializado sentado em minha cama e depois a imagem do mesmo foi projetando sobre minha mente, depois de uma ou duas semanas buscando sobre os objetos, ou melhor, os paramentos utilizados pelo guia espiritual, o arquétipo apresentado e que difere de forma gritante dos boiadeiros que pude “visualizar”, vi que muitos espíritos vem se apresentando na Umbanda de forma bem singular e diferenciada de muitos paradigmas que tivemos até então, o que corrobora com a minha ideia da evolução que a religião vem sofrendo e pela particularidade que vem se apresentando cada linha de trabalho, cada falange e cada guia em si.

Também deixou em minha mente que é um tropeiro, que fala particularmente espanhol e me lembra muito os gaúchos, justamente pelo tipo de chapéu que o mesmo se apresentou, fui também procurar sobre esse chapéu e depois de muita pesquisa, tanto quanto o poncho e o tipo de chapéu é chamado Serrano.

Obviamente fui pesquisar e procurar sobre a atividade dos tropeiros, sobre sua relação com os gaúchos e sobre a sua relação com o sotaque apresentado, segue abaixo alguns tópicos da pesquisa:

É uma atividade que existiu do século XVII até o início do século XX, possuíam grande importância econômica, eram bons condutores de animais de carga, como mulas, cavalos, burros, foram extremamente importantes para o desenvolvimento de rotas de comércio dentro do país, ajudavam na abertura de estradas e fundação de muitas vilas e cidades. O seu sotaque também tem um certo fundamento, o Sul era controlado pela Espanha segundo a história relacionada ao Tratado de Tordesilhas, e o Uruguai (Vice Reino do Prata) era a casa da mãe Joana, um território disputado entre Brasil, Argentina e até mesmo o Paraguai, sem contar que toda a região Sul do Brasil eram formados por espanhóis, o Sul foi primordial para o início da Pecuário e o caminho do Ouro, muito disputado entre as colônias na época.

É muito bacana quando temos alguma intuição, alguma mensagem e constatamos isso através do meio científico e histórico, com isso, podemos perceber que a tendência da Umbanda trazer para si espíritos com arquétipos mais específicos, que trazem mais que seu arquétipo, trazem a sua consciência individual ou ao menos uma quebra de paradigmas tão engessada nos trabalhos umbandistas, é algo que eu sempre venho falando no blog, estamos rumo ao progresso e cada dia que passa, novos espíritos, novos estudos, novos seres trazem todos os seus encantos para essa grande egrégora espiritual de trabalhadores que a Umbanda vem abraçando, mas como sempre digo aqui no artigo, a Umbanda é apenas um meio de delimitar toda uma egrégora de espíritos iluminados e trabalhadores.

Não estou dizendo de forma alguma que é uma nova linha na Umbanda, mas sim um espírito que foge um pouco do conceito dos boiadeiros que todos conhecemos, foge dos padrões daqueles homens sertanejos, que lidam com força bruta, que trazem consigo a força, a “brutalidade” do homem do campo e da força necessária para lidar com a boiada; Se existirá uma linha específica pra eles, acho pouco provável, justamente pelo seu arquétipo de trabalho com o gado se encaixar perfeitamente na falange dos boiadeiros, porém, é mais um espírito único de consciência única como eu sempre digo, que traz a pureza de sua essência, talvez a personalidade de alguma existência vivida, não traz consigo toda aquela força que os boiadeiros passam, porém, o mesmo me trouxe relativa sabedoria, contos da antiguidade, mas ainda sei muito pouco sobre ele, não soube nem seu nome, nem como vai trabalhar e se irá trabalhar.

E como sempre digo, meu intuito de postar artigos relacionados a história e linhas é para trazer luz a muitos médiuns que podem sofrer com a mesma situação e como a internet tem pouca referência sobre diversos assuntos específicos, os iniciantes podem ao menos ter aqui como uma pequena referência para seus caminhos. Recentemente recebi um ótimo e-mail referente ao caboclo do Sol e da Lua, uma irmã trabalha com um caboclo do mesmo nome do qual tem inúmeras semelhanças com o que eu sirvo, e isso só me deu a certeza de continuar postando certas particularidades para que juntos, possamos compreender que não estamos loucos, que existe sim uma força lá fora e muita coisa que achamos que é fruto e nossa mente fértil, na verdade é influência de uma força superior que tem como objetivo a prática do bem e da caridade.

Como disse, ainda sei muito pouco sobre esse guia espiritual, mas sim, sei que ele é oriundo da linha de boiadeiros, fala com um sotaque espanhol carregado, trabalha sentado e fuma cachimbo, e foge deveras do estereótipo de boiadeiros que estamos acostumados, e agradeço ao Cósmico por ser agraciado a mais um degrau de experiência dentro dessa “Umbanda, essa desconhecida!”;

Se alguém possui uma experiência parecida, por favor, comentem abaixo para que possamos trocar conhecimentos sobre o assunto!

Paz Profunda.

Neófito da Luz .’.

Referências: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=496

Sincretismo x Universalismo

Saudações Prezados irmãos…

Gostaria de me desculpar com alguns irmãos de senda, acho que eu não soube me colocar muito bem sobre o sincretismo e tentarei ser breve.

O Universalismo é uma coisa, é abraçar todas as religiões do mundo, bem como suas doutrinas, estuda-las separadamente e julgar o que é melhor para você e concluir as suas ideias, sim, eu sou universalista, estudei muitos filosofias orientais e tento praticar o que mais me convém em meus trabalhos, isso é TOTALMENTE DIFERENTE DE SINCRETIZAR, falar que VISHNU seria OXALÁ, os DEVAS seriam Anjos ou elementais e SHIVA seria na verdade o exú, existe sim o arquétipo, o Deus da Guerra, a Deusa do Amor, o Deus da Justiça, mas arquétipos que se encontram em todas as mitologias, nunca me verão colocando a imagem de Marte ou Ares e louvando Ogum, isso é sincretizar, nunca me verão parando os trabalhos sobre a Quaresma, isso é sincretizar; Nunca me verão rezando “Pai Nosso” em meus trabalhos, isso é sincretizar, o sincretismo é associar ritos de uma religião e migrar para a outra, a utilização de santos católicos nos centros umbandistas também é sincretismo.

Apenas sintetizando:

Sincretizar = ASSOCIAR OS RITOS encontrando semelhanças ou relações entre eles;

Universalizar = SOMAR os ritos sem relacioná-los, usar REIKI nos trabalhos, cromoterapia, evangelização de parábolas.

Sou a favor da soma de conhecimentos, acho que quanto mais se conhece, mais se agrega, quanto mais se aprende, mais temos ferramentas para combater malefícios, sejam físicos ou espirituais e como enfatizei no último artigo, a Umbanda DEVE agir com as próprias pernas, temos que ter um fundamentos específicos, ter coerência litúrgica, muitos me indagam porque outras doutrinas INVENTAM Orixás, eu sou TOTALMENTE contra falar que é INVENÇÃO DE ORIXÁS, muito pelo contrário, acho que dentro daquela egrégora, há a existência do Orixá, seja ele Iofá, seja Egunitá, seja Yorimá, Logunan Tempo, Oroiná, dentro daquela egrégora, existe aquela vibração, aquela energia e ela deve ser respeitada e louvada.

A UMBANDA NÃO SÓ DEVE, COMO ELA ESTÁ REINVENTANDO CULTO ÀS VIBRAÇÕES NATURAIS QUE CHAMAMOS DE ORIXÁS.

Vejo muitas pessoas da Nação criticando como estão sendo cultuados os orixás, mas tudo evolui, e precisamos retirar o véu de Isis. A cada passo que aprendemos com eles, como as coisas funcionam, mais temos que rever certos conceitos daquilo que sabíamos, podemos relembrar a mudança do geocentrismo para o heliocentrismo, quando muitos creram veementemente que a Terra era o centro do Universo e foi constatado que além de ser um fato inverossímil, ainda custou a vida de gênios porque a Santa e Querida Igreja mandou pra fogueira Giordano Bruno; Como exemplifiquei no último artigo, antes tínhamos a certeza de que o átomo era formado apenas por três elementos, ao passo que nossos mecanismos de pesquisas evoluem, nossa conhecimento evoluiu e com ele, novas dúvidas surgem, com esse campo científico em expansão, encontraram mais outros quatro elementos que formam o átomo e cada qual com sua peculiaridade.

Existe uma alegoria que eu gosto muito de utilizar em minhas palestras, seria o Alegoria da Caverna de Platão, que está constituído no livro da República (Para saber mais: http://www.brasilescola.com/filosofia/mito-caverna-platao.htm) que entra justamente no fato de que eu sempre menciono no blog, existem diversas metodologias de trabalho, dentro da Espiritualidade, existem diversas egrégoras que constituem outros planos e justamente por esse motivo, menciono veementemente que cada casa tem a sua forma peculiar de trabalho e o certo e o errado são inexistentes quando a intenção é nobre, obviamente não podemos negar que existem guias espirituais mais evoluídos que outros, isso é um fato e uma constante evolutiva existente em todos os planos de existência, justamente por isso, que não acredito em INVENÇÃO DE ORIXÁS, talvez as pessoas que os cultuem estejam em um patamar vibratório diferente dos que ainda não conhecem o culto aos mesmos.

Estranhamente, em um sonho, um dos caboclos que eu sirvo me disse que era pra eu aprender a cultuar Obá e Euá, eu em meu limitado conhecimento, já tinha dado esses orixás como extintos, tanto é que o seu culto cada dia fica mais raro, foi quando conheci uma irmã que é da linha do Saraceni e a mesma mencionou que em sua liturgia, os dois orixás foram “relembrados”. Portanto, é óbvio que está ocorrendo um resgate cultural de culturas antepassadas regradas a uma nova fase de conhecimento e evolução daqueles que atuam.

As casas que possuem mais estudos, ao passo que eu vou aprendendo e conhecendo, verifico que os cultos codificados estão extinguindo o sincretismo e trazendo rituais nativos da própria umbanda e outros rituais pagãos totalmente criticados pela “Santa Igreja”, ´portanto, em muitos rituais bem fundamentados dentro da Umbanda, o sincretismo está praticamente extinto, e é isso que eu tentei dizer no último artigo, eu sou UNIVERSALISTA, diferente de ser a favor do SINCRETISMO, principalmente porque o nosso sincretismo é intrínseco a fundamentos católicos dos quais eu tenho total aversão, RESPEITO quem é, porém, eu tenho verdadeira ojeriza à liturgia. Isso sem contar o Kardecismo que tem muito sincretismo católico mesclado em seus fundamentos, o que não convém entrar no mérito do assunto por agora.

Um outro grande problema do sincretismo em minha humilde opinião é o sectarismo dogmático, a tradição mal fundamentada e estudada apenas baseadas em conjecturas, e é a hora que a tradição mostra a sua força, muitas das coisas que seguimos é por osmose, é porque o outro fez ou falou e fazemos igual por força do hábito, e é esse tipo de conceito que vem perdendo força em muitas casas.

Então, como podem observar, o sincretismo não está relacionado ao universalismo, eu empregarei indubitavelmente a utilização de cromoterapia, reiki e outras ciências orientais que eu julgo imprescindíveis para o objetivo da casa que é a cura física e espiritual, com isso, somarei essas ciências alternativas com o ritual umbandista, muitas vezes em dias separados, as ciências orientais serão métodos que auxiliarão a conquista de objetivos dentro do templo, seria bem diferente se eu colocasse fundamentos taoístas, hindus, budistas entre outros no meio dos rituais, agora consegui me fazer entender de forma mais clara?

Pra mim, em minha modesta opinião e dentro daquilo que eu acredito, não vejo com bons olhos o sincretismo, em diversos aspectos que já citei em artigos, porém, cada qual segue uma Lei dentro da Espiritualidade e cada um tem o seu conhecimento dentro da egrégora umbandista, e com isso, ainda existem dois tipos de mentores espirituais: Aqueles que respeitam nossos fundamentos e seguem a liturgia dentro daquilo que acreditamos e aqueles que tentam nos orientar para qual seria o melhor caminho para o trabalho, qual é a metodologia do seu guia chefe, só você poderá saber, dentro do que eu acredito e sinto veementemente pelo que me é ensinado, o sincretismo será abolido totalmente dento dos trabalhos, mas devo respeitar aqueles que seguem essa linha.

Espero realmente que eu tenha deixado claro em relação ao que eu acredito ser sincretismo e universalismo, a diferença de ambos,

E por fim, a Umbanda é muito nova, ainda vai acontecer muita coisa, assim como diversas liturgias passam por diversas mudanças, temos aí o Cristianismo que existe há mais de 2000 anos e cada hora aparece uma igreja diferente, com um ritual diferente e com uma forma de trabalhar diferente, assim também é a Umbanda, que tem apenas 100 anos e ainda é muito nova em relação à outros ritos, o que contribui demasiadamente com a ideia de que ainda vai amadurecer muito, não duvido que logo menos ao invés de 16 orixás, apareçam 24 orixás, assim como no começo eram apenas caboclos, pretos-velhos e erês, hoje já temos mais de 10 linhas de trabalho, das quais ciganos, médicos, caboclos Kimbandeiros, pretos-velhos, pretos-velhos Kimbandeiros, boiadeiros, marinheiros, baianos, cangaceiros, malandros, juremeiros ou mestres, exús, entre outras que vem chegando, como alguns centros trazendo a linha de piratas, a linha de zunguim (que são caboclinhos da mata muito cultuada no nordeste), entre outras linhas que poderão surgir, sem contar linha de mineiros que alguns centros já cultuam e trazem esse arquétipo para dentro dos trabalhos, não acredito em invenções, acredito que a Umbanda vem se moldando, novas linhas se apresentarão para os trabalhos, novos dirigentes com alto grau de instrução vem se apresentando e sairemos daquela tradição imposta por receio de preconceito ou porque nascemos com tais fundamentos e iremos caminhar, enfim, com nossas próprias pernas, ao passo que as trevas da ignorância se dissiparão (Isso daqui uns mil anos, porque o Cristianismo tem 2000 e ainda vive nessas condições, rsrsrs) e todos nós chegaremos ao tão sonhado objetivo: Evolução Espiritual!

Portanto, para matar dois coelhos em uma “caixa d´agua”, falei sobre o sincretismo e já pegando o gancho, acredito sim na existência dos Orixás Iofá, Yorimá, Yori como cultuado em vertentes umbandistas, se o dirigente sabe como “cultuar” essas vibrações, que ele seja feliz, assim como outros orixás como Logunan Tempo, Egunitá, que podem ser desdobramentos de energia que ao passo que ampliamos nosso conhecimento, ampliamos nossa capacidade de percepção das vibrações universais e com isso, trazemo-la para dentro de nosso trabalho, tenho sim curiosidade de aprender mais sobre eles e ao passo que me for permitido, chegará o momento para tal fato, portanto, ainda não obtive nenhuma resposta sobre eles, se há a necessidade de trazê-los para dentro dos meus trabalhos.

Paz Profunda.

Neófito da Luz .’.

Como São Designados nossos Mentores Espirituais?

Um fraterno Saravá a todos.

Muito indagamos porque temos certos guias espirituais, muito indagamos como eles surgem em nossa vida e porquê, para essa dúvida, pesquisei muito e até queimei quase 1kg de vela para tentar obter maiores elucidações a respeito do assunto.

Primeiramente é interessante elucidar que existem alguns tipos diferentes de designações, das quais citarei algumas:

A primeira é que existem alguns que nos acompanham desde antes do nascimento, seja por determinação de nossa vibração nativa em nossa atual existência ou pela afinidade no grau de conhecimento, existe o guia espiritual responsável por toda sua linha espiritual, que geralmente é um caboclo e ele é o comandante espiritual da sua linha determinado pelo Orixá e pela sua missão em sua existência. Com isso, devemos compreender que além da afinidade existente, são companheiros determinados pelos Superiores Cósmicos para nos acompanharem durante nossa missão, geralmente o seu guia-chefe é um dos que possuem maior patamar vibratório em sua linha, porém, não é uma regra, porque já é mais do que um assunto estressado falarmos que aquele que tenta padronizar o Mundo Espiritual acabará louco.

Juntamente com o seu guia-chefe, existem outros espíritos que o acompanham desde o nascimento, logicamente o seu guardião, que é o polo negativo do seu orixá, alguns guias de trabalho e também alguns chefe de linha, denominação que eu dou para cada chefe de linha de sua corrente, por exemplo, o meu chefe de linha dos marinheiros é o Sr. Martinho Parangolá, dos baianos, o Sr. Zé Baiano e assim vai.

Importante salientar que para muitos médiuns, a sua linha ainda não está totalmente formada, ela será adequada com o decorrer do tempo, seja pela missão configurada, pela casa que você frequenta ou pela determinação dos seus chefes durante o tempo, dependendo da casa que você está, você vibrará com um certo tipo de trabalho e consequentemente se aproximará entidades afins com aquela energia. Existe também o fato que nem todos te acompanharão pelo resto de sua vida, sim, existem aqueles que deixarão de incorporar mas continuará com você e existem aqueles que se afastarão de verdade; Existem muitas mudanças no âmbito espiritual, por exemplo, você pode se afastar por tempo indeterminado, seu guia espiritual pode ter sido escalado para uma nova missão, você pode ter sido “trocado” por não representar uma conduta adequada àquele que você está servindo, enfim, existem diversos motivos. Quantos médiuns se afastam ou mudam de casa e começa a aparecer entidades diferentes? Claro que possuímos aquele “core”, aquelas peças-chaves que nos acompanharão para onde formos, mas também existe muitos fatores que podem alterar a sua corrente mediúnica, conforme já citei, mudança de casa, mudança de missão, afastamento do médium, evolução do médium ou do guia espiritual, alteração na egrégora, por exemplo, se eu estou no Candomblé e trabalho com um “caboclo boiadeiro” que canta, dança, fuma e come, se eu for pra outra casa e aquele guia não estiver de acordo com a sua forma de trabalho, ou pode vir um da mesma falange, ou ele pode se afastar dando lugar a um outro boiadeiro ou até mesmo tentar se adaptar às mudanças impostas.

Ao contrário do que muitos pensam, eles são dotados de consciência única e não são marionetes ou espíritos que estão ao nosso dispor, eles também tem o poder de escolha e podem optar por não trabalharem com você, ou podem também aceitar todas nossas mazelas e estarem ao nosso lado, tudo depende de vários fatores que podemos ficar o resto do ano mencionando.

Existem também aqueles que estão de acordo com suas ideias, seus objetivos e por algum motivo, seja para trabalho, seja um desígnio ou missão, se aproximam de nossa linha e com a permissão de nosso Orixás e de nosso guia-chefe, também desempenham o papel de incorporação em nossa matéria, já citei o nome de alguns aqui no Blog, em 2008 a chegada do Sr. Chico Preto, depois de 11 anos de Umbanda, a chegada de Mané Baiano por volta de 2011 que é um cangaceiro, são alguns que apareceram muito tempo depois durante meu trabalho umbandista para trazer novos ensinamentos e também aprenderem, para trazer novas vibrações e para que também possam desempenhar seus papéis de perpetuar os ensinamentos sagrados.

Nos últimos trabalhos também estou sentindo a chegada de um guia que trabalhará na linha de malandros, e como eles sabem, que estou sempre disposto a novas experiências e que hoje sou uma pessoa relativamente isenta de preconceito e tenho como principal ideia, qualquer espírito que tenha a permissão do Altíssimo e de meus guias-chefe para trabalhar em minha matéria, que sejam bem vindos.

Claro que também temos aqueles guias espirituais que estão em nosso lado na contenção, não são incorporantes, mas são peças-chaves para nossa evolução espiritual, estão ali nos ajudando e auxiliando os guias incorporantes de nossa corrente espiritual, existem aqueles que descem raramente, e para isso, por alguns motivos específicos: Seja porque já alcançou um estágio onde não precisa mais incorporar, seja porque sua função na linha seja apenas gerenciar sua corrente mediúnica e suas tarefas se resumem a outras ocupações, seja porque não ocupa uma posição de grande importância em sua linha, ou seja, pode ser um guia que só chega quando o seu de trabalho está ausente ou porque não é a principal função dele. Existem aqueles que descem raramente em festas também, que seria o seu segundo ou terceiro guia da linha.

Ao contrário do que muitos pensam, nem todos os nossos guias de frente incorporam, alguns chegam somente para dar o nome e supervisionar o nosso trabalho espiritual, alguns como já alcançaram determinada evolução espiritual, não são mais incorporantes e se ocupam com outras tarefas, principalmente àqueles que são designados a gerenciar um templo espiritual, nem todo Exu de Frente desce e dá o nome bem como o próprio caboclo, existem dirigentes que deixam como nome da casa, o segundo caboclo porque o primeiro não permitiu, esse último motivo do qual ainda tento descobrir.

Alguns médiuns chegam a incorporar até 7, 8 guias de uma mesma linha, seja caboclos, baianos ou quaisquer outras linhas dentro de sua falange, enquanto outros, trabalha com um único guia a vida inteira, isso se deve também a alguns motivos, já é sabido que nem todos os médiuns possuem a mesma quantidade de guias que outros, houve uma época em que tabelavam o número de guias que podíamos ter na linha e isso caiu em desuso porque ocorreram vários fatores que contradizem essa ideia, cada pessoa tem a sua missão determinada pelo Cósmico, se você é um médium de cura, e sua missão é essa, obviamente você não terá 15 exus de porteira, se você é um médium de limpeza, obviamente você não terá 15 caboclos de cura e nenhum de limpeza, então tudo é determinado pela sua missão, vibração e pra isso, você nasce com a Vibração Orixá correspondente.

Um outro aspecto importante, gostaria de ressaltar para nem todos acreditarem nessas falanges que lemos pela internet, isso não foi confirmado por nenhum guia, se o Pena Branca é da mesma falange que o Águia Branca é o chefe, se o Cobra Coral é um guia subalterno de Arariboia, isso é um assunto que ainda é muito pouco estudado, um irmão que tem um caboclo chamado Sol Nascente e Tira-Teima veio me indagar porque ele tem entidades que não tem estudos, que parece que são espíritos de terceira, porque são pouco conhecidos e não ocupam nenhuma posição de destaque em literaturas, digo-lhes com toda a certeza que existem novas falanges se apoderando do Mundo Espiritual e conforme já mencionei em alguns posts, outros raramente se apresentam nas casas, como é o caso de Urubatão, Caboclo Tupã, Sultão das Matas, entre outros que sua vasta falange vem ficando cada vez mais rara, em contrapartida, conheci um caboclo chamado “Águia Valente”, pouco difundido nos cultos umbandistas e presenciei um trabalho fantástico, o mesmo caso de um outro caboclo chamado Búfalo Branco, NUNCA ouvi falar em nenhum lugar sobre o caboclo, mas trabalhou com maestria na ocasião que presenciei, vale aquilo que sempre falei, mais vale um médium excepcional com um caboclo desconhecido a um médium tolo com um chefe de falange, o chefe se limitará ao médium que por sua vez não é adequado, causando um trabalho deficiente.

Nada é uma regra e assim como o Universo, cada partícula atômica de nosso corpo, é tudo dinâmico, tudo é mutável e ao passo que expandimos nosso conhecimento, mais evidenciamos a nossa ignorância, até o final do século XX, o átomo era formado por apenas 3 elementos, os próton, nêutrons e elétrons, hoje já conseguimos dividir ainda mais essas partículas formando os quarks, fótons, léptons e o famoso bóson de Higgs (ESTRANHO QUE ALCANÇAMOS SETE ELEMENTOS NÃO?) quem quiser saber mais sobre, segue um resuminho: http://super.abril.com.br/universo/boson-higgs-nao-deu-nem-pro-comeco-697828.shtml

Então padronizar um tipo de conhecimento, limitar e delinear o Mundo Espiritual é o mesmo que procurar em um quarto escuro, um gato preto que não está lá, como dizia Voltaire, então não existem padrões e sim aquilo que eu sempre digo, boas práticas, o que também é relativo, para muitos é excepcional passar galo vivo nas pessoas e sujar todo mundo de ovo, em meu conceito de boas práticas isso nunca aconteceria.

Se você possui dois falangeiros de Ogum, parabéns, isso pode acontecer e muitos dirigentes NEGAVAM VEEMENTEMENTE essa ideia, se o seu Ogum fala, parabéns também, nada é uma regra e tento não ser presunçoso ao fato de criar regras rígidas para isso, cada um é cada um, cada qual sabe no fundo de sua alma o que veio fazer e se você tem 15 caboclos e 5 Oguns, que faça jus a essa responsabilidade que recebeu.

Afinal, todos nós estamos aqui com um único objetivo: Nos aperfeiçoar e chegar até o Altíssimo!

Paz Profunda.

Neófito da Luz .’.

Sincretismo: Uma Verdadeira Lambança

Saudações, Prezados Irmãos de Senda.

Depois de levar uma dezena de pedradas quanto ao meu posicionamento aos trabalhos na Quaresma, eu não aprendo, e vamos lá expor a minha inútil opinião sobre o sincretismo.

Etimologia

Oriunda do termo grego sygkretismós, “reunião de vários Estados da ilha de Creta contra o adversário comum”.

O que é Sincretismo?

Podemos entender que sincretismo é uma junção de doutrinas e fundamentos que são absorvidas pelo culto em questão, podemos lembrar que o Cristianismo na verdade foi um grande compilado de religiões pagãs e outras cultos romanos da época, sim, a vocês que acham que o Cristianismo é puro, meus pêsames, e digo mais, se existe uma certeza que eu tenho sobre Cristo, é que ele não era Cristão! Rsrs

Mas sem mais delongas, podemos observar isso nos cultos afros, para muitos, Ogum e São Jorge é a mesma entidade e fim de conversa! Muitos centros de Umbanda cultuam os orixás com imagens de santos católicos, isso deve-se somente ao fato de termos as raízes cristãs tão impostas em nossa cultura e pela nossa colônia portuguesa. Porque Ogum aqui não poderia ser Ares? Marte? Thor? Montu? Até mesmo o Guerreiro Arjuna nos contos de Gita? Hachiman nos contos míticos japoneses? Mas por que São Jorge? Justamente pela nossa pesada e chata imponência católica que temos em nossas raízes desde os primórdios; Mas como todo personagem Mítico, Jorge também além de não ter sido nenhum santo e nenhum exemplo de conduta, também está envolvido em várias lendas, como o cavalo albino, a morte do dragão, todas ilustrações de vagas ideias antropomórficas impregnadas em nossas mentes ávidas por ídolos.

O Sincretismo na Umbanda

É sabido que Zélio Fernandino de Moraes, o dito fundador da Umbanda tinha raízes católicas e espíritas, tanto que os sete centros abertos pelo seu mentor Sete Encruzilhadas levava no nome de “Espírita” e o nome de um santo católico como podemos observar o nome de seu primeiro centro foi chamado de “Tenda Espirita de Umbanda Nossa Senhora da Piedade”. Muitas casas adoram a imagem de São Jorge como se fosse Ogum, isso pela semelhança em seus arquétipos, ambos guerreiros, ambos “montados no cavalo”, ambos trazem para si a energia e a bravura que são preponderantes na Guerra, assim também como Santa Bárbara para Iansã, Nossa Senhora dos Navegantes para Iemanjá, se presenciarem, ambos possuem arquétipos semelhantes, e como a Umbanda era muito “popular” era muito mais fácil associar nomes complicados de Orixás com nomes corriqueiros em nosso cotidiano, obviamente, ninguém iria colocar a imagem de Marte, o Deus Romano da Guerra ou Ares, o Deus grego da guerra para sincretizar Ogum, por ser um conhecimento mais restrito para muitos.

Conforme mencionei, a Umbanda possui várias vertentes, a vertente designada pelo Zélio indubitavelmente sofreu centenas de mudanças para até o dia de hoje, fato que comprova a veracidade dessa informação é a Tenda Mirim, fundada em 1924, passou a ignorar o culto aos santos católicos em sua casa, com exceção de Jesus Cristo. Entendo que na época de Zélio, já era chocante ter em uma mesa branca a existência de um índio, dito ignorante por muitos, ainda trazendo nomes de “santos” africanos, obviamente Sete Encruzilhadas com todo o seu conhecimento quis fazer com que a transição para o novo culto fosse extremamente suave e o mais sutil possível para não abalar intensamente nossa cultura e nem tampouco nosso vago conhecimento de como funciona o mundo espiritual.

Sincretizar os santos obviamente é uma questão de opinião e prática, como diz o meu artigo, eu acho uma verdadeira lambança essa mistura, o sincretismo não fica somente nessa associação de imagens de santos com orixás, é a reza do pai nosso na abertura de muitos centros, sim, pai-nosso é uma prática CATÓLICA e não Cristã, e sim CATÓLICA, tanto que muitas vertentes do Cristianismo, como presbiterianos, pentecostais não rezam o pai nosso durante o culto justamente por não fazer parte da tradição cristã original.

Diversos traços católicos são encontrados no culto umbandista, a reza já citada, as imagens, a própria defumação,( utilizada pelos católicos, mas absorvida pelos cultos pagãos como forma de trazer à energia natural dos elementares), para isso, existem os dois lados, como sempre falo, a Umbanda é uma verdadeira mãe abrigando em seu seio todos os ritos que praticam o amor e a caridade, em contrapartida, eu não acho interessante justamente pela falta de identidade que a mesma possui, podem me criticar, mas uma vez vi um médium se debatendo inteiro em um trabalho, não sei se era o kabrunko na matéria dele, que raios que era, na hora a gira foi interrompida, assim com os atabaques, o baiano do dirigente começou a colocar a mão na cabeça do pirilampo e começou a rezar pai nosso e ave Maria (Desculpem, é demais pra mim). Mas como eu digo, é questão de opinião, de egrégora, de aprendizado. Como podem observar em meus posts, não sou nenhum pouco simpático ao catolicismo, respeito toda a iconografia, todos os aspectos eclesiásticos, mas eu acho uma das maiores hipocrisias da história, alguém pregar acabar com a fome e não vende muitos bens de um país considerado um dos mais ricos do mundo, mas Ostentação tá na moda!

Eu li um livro de Decelso, escrito em 1967 chamado “Umbanda de Caboclos”, ele compara e sincretiza as divindades iorubas (Orixás) com as indígenas, segue um trecho dessa comparação:

IARA – Divindade ou “deusa” das águas = Iemanjá;
TUPI – Divindade ou “deus” do Fogo = Erê;
CARAMURU – Divindade do Trovão = Xangô;
URUBATÃO – Divindade ou “deus” = Ogum;
AIMORÉ – Divindade ou “deus” da caça = Oxóssi;
JUREMA – Divindade das matas, cachoeira = Oxum;
JANDIRA – Divindade dos grandes rios = Nanã
MITÃ – Divindade criança = Ibeji;
IURUPARI – Divindade do mal = Elebá ou Exu;
ANHANGÁ – Divindade da peste = Omulu.
GUARACI – Divindade representativa do Sol = ORUM;
JACI – Divindade da Lua = OXU;
PERUDÁ – Divindade do Amor = OBA;
CAAPÓRA – Divindade protetora dos animais = OSSONHE (Ossãe);
CURUPIRA – Divindade dos Campos = CORICO-TÔ;
IMBOITATÁ – Divindade dos Montes = OKÊ;
TUPÃ – Divindade Suprema, pode ser identificada como Oxalá, ou melhor, Obatalá ou Zambi.

Com isso, compreendemos que é possível sincretizar os Orixás com outros cultos, como a Umbanda tem grande influência indígena, por que não cultuar Ogum com a Imagem de Urubatão, por exemplo? O Sincretismo é apenas uma percepção material e não espiritual, podemos observar os cultos do Primado de Umbanda, do próprio pai Rivas onde a utilização de imagens é praticamente inexistente. E depois de 100 anos de religião, acho que já passou da hora de entender que Ogum é Ogum, pode sim, entrar no arquétipo da Imagem do Guerreiro, isso também é muito mencionado nos livros de Joseph Campbell onde “humanizamos” qualquer tipo de ídolo denominado herói, mas se formos partir dessa premissa, Ogum pode ser outras divindades de Guerra como mencionei no começo do artigo. Ainda existe a teoria de serem todos a mesma Divindade, mas com outras denominações devido à região, por que não? Não Seria Peter, Pedro, Petrus, o mesmo nome com terminologias diferentes? Se formos partir dessa premissa, o que é algo para se pensar, obviamente São Jorge não está incluso, porque ele foge de todo o panteão mítico, não é um Deus que nasceu em uma incontável Era e sim um ser que viveu na Idade Média e conforme já frisei, não tinha nada de santo.

O Sincretismo e a Influência Católica é tão enraizada na liturgia Umbandista que até o dia de Ogum na Umbanda é o mesmo dia de São Jorge na Igreja

Existem casas que sincretizam Ogum como o Arcanjo Miguel, o que ainda pode fazer mais sentido que São Jorge, em termos de vibração, desprendimento divino, Segundo a Angiologia, são seres que estão mais próximos de Deus e que já alcançou a Grande Iluminação, é dessa mesma forma que eu compreendo os Orixás, que também são partes Dele, tanto que os nomes de Arcanjos (Vem da raiz arch que deriva de arché, que refere-se a “ponto de partida” “suprema substância subjacente” o que governa”) se forem observarem toda a etimologia, podem verificar:

Miguel – Vem do Hebraico Mikael – Mi – Quem/Aquele; Ka – como; El – Deus (Quem/Aquele Como Deus);

Gabriel – Vem do Aramaico Gavriel – Ga – Homem; Vri – Forte; El – Deus (Homem Forte de Deus) – Também tradicionalmente considerado do Anjo da Morte;

Rafael – Vem do Aramaico Rafael – Rafa – Cura; El – Deus (Cura de Deus).

Interessante mencionar que as três maiores religiões monoteístas, falam de Anjos em suas escrituras, a Torá, a Bíblia e o Alcorão.

Sincretismo é apenas uma forma de referência, uma forma de referenciar alguma coisa que não sabemos, ter uma relação, apenas isso, mas como a Espiritualidade é compreensível com nossa ignorância, permitem que essas coisas ocorrem, uma vez, em um centro, Tranca-Ruas desceu para trabalhar e um dirigente chamou-o de Tiriri, um irmão que também conhecia toda a forma de sua manifestação, chegou perto dele e perguntou: Meu pai, vós não é o Tranca-Ruas? Ele disse: – Se for pra me deixar trabalhar e fazer o que eu devo fazer, pode até me colocar saia rodada e me chamar de Maria Padilha.

Às vezes é evidente que o dirigente não confia somente na força da Egrégora da Umbanda e tem que apelar para outros ritos, defumação recitando o Salmos como já presenciei, Oração a São Jorge Guerreiro em Giras de Ogum, como eu disse, é questão de opinião e não estou entrando no mérito do certo ou errado e sim a falta de identidade existente nos centros umbandistas, como disse uma irmã essa semana, mencionando que passou da hora da Umbanda andar com suas próprias pernas e isso vem acontecendo com codificações doutrinárias, como mesmo mencionei o Primado de Umbanda.

Para muitos que me conhecem, sabem que eu sou universalista, aprecio todas as formas de alcançar a Deus, desde que estejam bem fundamentadas e argumentadas, justamente pela ojeriza com muitos ritos eclesiásticos eu prefiro que a Umbanda que eu pratico, tenha uma raiz mais oriental, menos dogmática e Deus em sua infinita sabedoria, trouxe a mim irmãos de Jornada afim com meus interesses e propostas para que possamos galgar juntos para a senda da evolução.

Em minha modesta opinião, uma meditação antes dos trabalhos, bem como uma evangelização teria muito mais utilidade do que um conjunto de palavras decoradas, obviamente, para a constituição de uma egrégora e um ambiente de trabalho firme, vale muito mais a firmeza e desprendimento do médium a qualquer ritual engessado e decorado, se você está rezando um Pai Nosso pensando na camisa do filho ao lado, aquele que está em silêncio pedindo ao Altíssimo amparo e sabedoria terá muito mais poder durante os trabalhos que você.

Algumas considerações pessoais sobre todo o sincretismo umbandista

Muitos dizem que na Umbanda, os escravos utilizavam as imagens para esconder os orixás, mas eu reflito, se a Umbanda foi fundada em Novembro de 1908 e a abolição da escravatura realizada em maio de 1888, não faz muito sentido essa “desculpa” não? O que constata que os escravos não praticavam a Umbanda e se a praticavam, Zélio apenas publicou a reinvenção da roda. Alguém está errado aí!

Acho que deixei claro a minha opinião que discordo veementemente do sincretismo, e que se for pra acreditar em mitologia (Porque um homem com uma lança em um cavalo branco é coisa de filme não?) prefiro acreditar nas antigas que possuem toda uma alegoria filosófica por trás e não a ostentação de poder tão imposta pelos nossos colonos eclesiásticos.

Se fosse sincretizar Orixá, como eu acredito em desprendimento de Deus e não um ser vivente que saiu matando todo mundo, estourou a espada no chão e se “encantou” como se a Lei do Carma não existisse, eu preferiria sincretiza-lo como um Arcanjo ou até mesmo um Deva (Seres de Grande Pureza no Hinduísmo) porque é assim que eu vejo a vibração Orixá.

Acho o sincretismo um grande aliado ao “emburrecimento” e degradação do culto umbandista, na verdade, às vezes acho que é uma carência exacerbada que resulta uma necessidade demasiada de aceitação por todos. Esse emburrecimento é no sentido de que muitas casas que eu conheci que acham que Ogum é São Jorge, são as mesmas que cultua o Exú como o servo de satanás, um ser chifrudo com pata de cavalo e vermelho, como a maioria das imagens dos exús que aceitamos e engolimos com todo o prazer). E a parte da carência é que queremos ser aceitos, então copiamos algo impregnado na nossa cultura que é esse monte de santos e ritos “aceitos” pela sociedade.

Veja o período de quaresma é mais um grande ponto que demonstra nossa amarração litúrgica com o sincretismo cristão

Discordo veementemente do sincretismo entre orixás e santos católicos, mas tento respeitar o máximo que eu posso, mesmo porque aqui em nosso plano só vivemos em conjecturas, mas podemos sim retirar aos poucos o véu de Isis e através de muitas pesquisas, migrarmos das Trevas de nossa Ignorância para a Luz da Sabedoria Universal.

As Imagens de Santos são apenas um potencializador de energia, muitos de nós, infelizmente ainda precisamos ver para crer, ou pelo menos ver através de um de nossos sentidos para acreditarmos na existência de algo, sentir através do nosso sexto sentido não é o suficiente, temos que ver e para isso, criamos diversas ferramentas, criamos ícones, ídolos para que possam suprimir nossa vasta solidão nessa Imensidão chamada Universo, precisamos crer em alguma coisa e para isso, precisamos “ver” e para isso, criou-se esses sincretismos para auxiliar-nos em nosso mecanismo de fé sem que abandonássemos nossa zona de conforto (nossa cultura católico-cristã).

O sincretismo culturalmente falando, é bem vindo, pois abraça as pessoas de outras liturgias e facilita a aceitação dos mesmos para uma nova liturgia, no caso a Umbanda, mas junto com esse ponto extremamente positivo, vem com outros muitos negativos, como o exú ser o diabo, como a necessidade de rezar o Salmos, o terço e toda aquela herança cultural que tivemos, com isso, MUITAS VEZES, desprezamos a sabedoria indígena, africana e afins  se perdendo em tantos ritos católicos e cristãos dentro da Umbanda.

O Cristianismo é uma corrente importante de nossa herança religiosa, tanto que muitos ritus espiritualistas usa como base, porém, Oxalá também não é Jesus Cristo, Oxalá é uma Manifestação de Fé da Própria Vibração de Deus e Jesus foi um dos muitos Avatares que veio em nossa Terra para trazer os ensinamentos do Altíssimo, assim também, como tivemos Krishna, Buda, Akhenaton, Confucio, Haiawatha, Moisés e muitos outros missionários Portadores da Palavra, portanto, graças ao nosso berço impositivo e religioso, só aceitamos Cristo como filho de Deus, o que é uma ignorância na minha opinião, existiram muitos outros Iluminados de outros continentes que vieram trazer os mesmos ensinamentos e também operar grandes milagres.

A História só é contada por aqueles que possuem poder e persuasão sobre a massa, portanto, sempre desconfiei de supostos “Santos” e sejam fiéis aos princípios umbandistas adotados pelos guias espirituais, independente da corrente do qual é oriunda o seu mentor, seja transparente e fiel aos princípios ensinados por eles.

E como eu sempre digo, isso aqui é apenas um espaço para divulgação de minhas ideias e conhecimento, não de traduz a mais absoluta verdade, e confesso, pode ter um monte de baboseira nesse blog, mas tenho certeza que instigo a muitos refletirem.

Tenham a certeza que pelo menos sou extremamente sincero em minhas palavras e honesto com minhas buscas, pois vou deixar uma máxima de Bruce Lee abaixo:

“Um homem sábio pode aprender mais com uma pergunta tola do que um tolo com uma resposta sábia.”

Paz Profunda

Neófito da Luz .’.

Nota: Não quis entrar no mérito de outros santos e seus respectivos orixás para o texto não ficar muito extenso.

João de Deus não faz milagre nenhum

Em 25 de outubro desse ano, um programa de televisão australiano chamado “60 Minutos” (em tradução livre) contou a história da cética investigação que a jornalista Liz Hayes fez sobre o enigmático João Teixeira de Faria, mais conhecido como “João de Deus”, em 1998.

O brasileiro ficou internacionalmente conhecido depois de ser promovido por ninguém menos que a apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, uma das mais famosas do mundo, como um médium que canalizava os espíritos de médicos mortos e os usava para realizar curas milagrosas em pessoas das mais diversas nacionalidades que o visitavam em sua “Casa”, em Abadiânia, Goiás.

Aqui está um resumo do que foi revelado nesta investigação, embora o título desse artigo já dê uma boa dica do que você vai encontrar aqui pela frente.

Parte 1 do caso João de Deus

Na parte 1 da reportagem, o repórter Michael Usher revelou que uma mulher declarada como curada de um câncer de mama por uma entidade espiritual canalizada por João de Deus morreu em 2003. Uma outra mulher em uma cadeira de rodas com esclerose múltipla que, na pesquisa de Hayes realizada em 1998, visitou João com a expectativa de andar novamente, disse não ter sentido qualquer efeito do “tratamento” e obviamente ainda está em uma cadeira de rodas. Na verdade, sua condição até piorou. Mas se você é desses que diz “não custava nada tentar”, bem, você está enganado. Essa brincadeira de sair lá da Austrália para vir até o “consultório” de João de Deus saiu por 5 mil dólares australianos. Algo que ultrapassa tranquilamente os 10 mil reais. A matéria de Usher também conta que nenhum dos outros australianos (que vieram em um grupo de 40 pessoas) sentiram qualquer melhora após a consulta.

O relatório do jornalista Usher também mencionou que alguns dos milhares de pacientes de João também esperavam receber uma tal de “cirurgia espiritual” com ele, 3 vezes na semana. Essas práticas, tais como a inserção de tesouras (ou pinças) de profundidade em um nariz, e raspar um olho sem anestesia, foram registradas em histórias anteriores sobre João. Parece cruel, não? João também foi mostrado diversas vezes fazendo várias incisões na pele de seus “pacientes” sem demonstrar o menor respeito por procedimentos anestésicos ou de esterilização de materiais.

Para o médico David Rosengren, “o mundo da medicina moderna não pode tolerar esse comportamento de forma alguma”. Fácil de concordar com ele, não? Até porque um procedimento como esse pode custar bem mais caro – se a gente partir do pressuposto que uma vida vale bem mais de 5 mil dólares.

No decorrer da matéria, Usher esclarece a questão dos valores cobrados

A consulta com o João de Deus era gratuita, mas muitas vezes ele prescrevia visitas a uns leitos de cristal [que contavam com luzes coloridas brilhando sobre eles], que custavam US$ 25 por sessão. Isso gerava uma receita de aproximadamente 1.8 milhão de dólares por ano. Nada mal. Havia também a “água abençoada”, que custava cerca de um dólar por garrafa. O consultório também contava com uma loja de presentes e uma farmácia, que vendia pílulas abençoadas de ervas (apenas disponíveis sob prescrição João de Deus, aparentemente). Uma caixa saía por US$ 25, o que garantia uma receita de US$ 40.000 POR DIA. Isso significava mais de US$ 14 milhões por ano (R$ 36,15 mi no câmbio atual).

Usher ressalta que foi comprovado que as pílulas não eram nada além de maracujá.

De acordo com o Natural Medicines Comprehensive Database (banco de dados de medicina natural, em tradução livre), o maracujá é “possivelmente seguro quando usado por via oral e de forma adequada para fins medicinais de curto prazo”, e também é “possivelmente perigoso quando utilizado em quantidades excessivas” e não deve absolutamente ser usado durante a gravidez, já que “constituintes de maracujazeiro mostram evidências de estimulação uterina”, o que poderia provocar um aborto.

Esse mesmo banco de dados sugere que o composto em questão é possivelmente eficaz para transtornos de humor, ansiedade e abstinência de opiáceos, mas “pode causar tonturas, confusão, sedação e ataxia” e há alguns relatos de efeitos colaterais mais graves, incluindo vasculite e consciência alterada. Ou seja: requer um certo cuidado ao ser prescrito.

Parte 2 do caso João de Deus

Na Parte 2 da matéria, Usher afirmou que houve duas mortes nos últimos anos na “Casa” que justificam as investigações, mas ninguém sequer foi acusado.

Ele também informou que, em 2010, quando João visitou Sedona, no Arizona (Estados Unidos), o departamento de polícia o investigou porque uma mulher disse que ele pegou as mãos dela e as colocou em seus órgãos genitais; João também teria tentado colocar a mão embaixo da saia dela. O caso nunca foi ao tribunal; um de seus associados incentivou a mulher a desfazer as acusações. Sabe-se lá que incentivos foram esses.

O que João tem a dizer em sua própria defesa?

O jornalista australiano tentou entrevistar João, mas ele acabou ficando muito irritado depois que Usher perguntou se João se interessava mais pelo dinheiro do que pelos milagres e se ele já havia agredido sexualmente algum de seus pacientes. A matéria mostra que João foi embora, respondeu sarcasticamente para o intérprete e depois voltou para a entrevista insistindo para ver o que havia sido gravado. Suspeito.

Mas isso não foi tudo.

Em 10 de fevereiro de 2005, foi ao ar no horário nobre da televisão norte-americana uma entrevista muito mais cordial de João de Deus, conduzida pelo repórter John Quiñones, que também entrevistou o milagreiro Oz e o médico James Randi. Nessa ocasião, Oz falou de uma “técnica” que envolvia colocar uma pinça no nariz das pessoas para ver se isso teria alguma influência sob medicamentos tomados.

Essa especulação obviamente não faz sentido anatômico, mas os telespectadores não tiveram acesso a essa informação esclarecida pelo Dr. Randi, porque o horário nobre escolheu colocar no ar apenas os 19 segundos em que o médico protestou contra João de Deus, declarando-o um charlatão.

Embora Quiñones seja um jornalista premiado, o saldo dessa entrevista acabou sendo um desserviço aos seus telespectadores, por não explorar os dois lados da história.

Conclusão

Ao relatar João Teixeira de Faria, Oprah e Quiñones selecionaram informações para incentivar o pensamento positivo de que Deus e os espíritos usam um homem sem instrução como um canal para a cura sobrenatural.

Em contraste, tanto o levantamento realizado em 1998 quanto o de 2014 por parte do australiano foram baseados em um ceticismo saudável e permitiu os espectadores compreendessem os méritos de pontos de vista contrastantes. Em seu relatório, Michael Usher reconheceu o valor da esperança, mas também observou que ela pode ser uma fraqueza, transformando as pessoas em presas fáceis e vulneráveis para o pior tipo de seres humanos.

João de Deus é um homem que afirma fazer milagres e curar os doentes. Ele se chama João de Deus, mas não há nada de divino nele. Milhares de pessoas o procuram na esperança de uma cura para a sua dor, mas acabam sendo esfolados na hora de pagar a conta. Ele se vende como a suposta cura de Deus, mas não o faz de bom grado. Muito pelo contrário. Ele é um homem de negócios parcimonioso que ganha dezenas de milhões de dólares com a fé e o desespero alheio. Posso estar enganada, mas não vejo nada de nobre nisso. [Randi, RD]

 

 

 

Extraído: http://hypescience.com/joao-de-deus-nao-faz-milagre-nenhum-descubra-aqui-o-porque/

 

Os Vovôs e Vovós da Umbanda (Flashback)

Estou reprisando o post porque na época não deve ter tido muita visualização, não sei se foi um erro do WordPress, mas é um artigo de baixíssimo acesso e isso me chamou muito a atenção, então estou repostando… Pra mim é uma linha fantástica, de poder encantador e que me surpreende a todo trabalho, infelizmente vem acabando sua popularidade.

Vale ressaltar que muitas coisas que escreverei entrarão em contradição com o que muitos aprenderam, Também vale salientar que o conhecimento é apenas Um, porém com uma vasta gama de pontos de vistas de acordo com a forma da qual compreende o adepto.

Todos nós sabemos que os pretos-velhos foram antigos escravos oriundos dos países africanos (Nem todos obviamente, mas é o arquétipo da linha) onde detinham o conhecimento do poder da natureza, seja ervas ou outros tipos de magias que utilizam o poder atmosférico, sim, sabemos disso, mas nem todos sabem que antes de serem esses sofredores escravos, já foram grandes magos iniciados nos Mistérios, já foram Mestres Amparadores e que reencarnaram dessa forma, para suprimir as energias que ainda atrasavam sua evolução, e como dizia o senhor Ilustríssimo Cacique Águia Branca: “Não há dor que se remova sem dor”.

Essa opção reencarnatória auxiliou no processo de “limpeza” de suas lavas atrais permitindo que entrassem em uma frequência ainda mais sutil dos planos superiores.

Sim, já ouvi sim, de um preto-velho, Senhor Pai Guiné:

“Nem sempre fui escravo, nem sempre sofri, já vivi o luxo da vida material e a ascensão do meu corpo espiritual.”

Muito se fala na Umbanda Esotérica que os preto-velhos são espíritos que se plasmam na forma de velhos escravos para simbolizar a maturidade, a sabedoria conquistada com o decorrer da idade, em meu ponto de vista, simbolizam também a simplicidade, o conforto, quem nunca se sentiu leve e feliz com o abraço de um preto-velho? Sem querer fugir do foco, mas é o máximo!

A magia utilizada pelos preto-velhos também é muito conhecida como mirongas de Umbanda, em meu ponto de vista, é a linha com maior poder vibratório dentro da egrégora da Umbanda, são os espíritos de maior bagagem espiritual e de conhecimento, e que atingiram de certa forma, a compreensão e o perdão e hoje atuam como seres simplórios que esbanjam uma paciência e uma competência incrível para solucionar nossos problemas.

Nem todos se plasmam como negros, já presenciamos espíritos de etnia clara nessa falange e nem todos chegam curvados, muitos trazem todo o axé dessa fantástica linha e andam quase que como caboclos, postura ereta e com singela vitalidade, como eu sempre digo no blog, fujam de paradigmas e deixe o seu mentor trabalhar.

Muitos também trazem o conhecimento de antigos sacerdotes africanos, os famosos tatás e n´gangás, que foram mestres em manipulação de energia e evocação dos ancestrais, sendo grandes conhecedores da energia Orixá, trazendo consigo o arquétipo de antigos mestres africanos, vudus, rudus, entre outras práticas africanas que se perderam com o tempo.

Suas oferendas variam intensamente, alguns aceitam cerveja branca, outros cerveja preta, alguns também aceitam vinhos e outras bebidas como cachaça, claro que não podemos esquecer do famoso e não menos importante, cafezinho.

Já vi preto-velhos pediram também tutu em suas oferendas e algumas frutas básicas, como maçãs, bananas e peras.

O fumo também é bem variado, como cigarros de palha e charutos, também os conhecidos cachimbos. Em minha casa, geralmente pedem o fumo misturado com outras ervas como camomila, erva-doce e alfazema.

Suas cores geralmente é o preto e o branco, alguns somente o branco. Existem algumas características marcantes que definem o seu tipo de preto-velho, que são:

  • Curandeiros: Possuem exímios conhecimentos com a cura, trabalham com ervas e outras magias atmosféricas, conhecem muito bem o chakra de nosso corpo e seus canais de energia, muitos utilizam a queima do fumo pois nele está contido o elementar fogo, que é o elemento transmutador, o elemento ar que é o grande condutor e as ervas que trazem consigo toda uma aura espiritual de energia;
  • Quimbandeiros / Feiticeiros: Geralmente são os preto-velhos de Xangô ou Obaluaie, trabalham também na esquerda desmanchando feitiços e outras magias com o objetivo de causar o mal. Quando na esquerda, não são muito de conversa, são objetivos. Vale lembrar que nem todos os preto-velhos viram para a esquerda. Alguns apresentam-se de forma ereta também e ligeiramente encurvados, muitos trazem vitalidade durante a comunicação;
  • Conselheiros: Existe aquela linha de preto-velhos camaradas, que adoram conversar, sabe ler de forma excepcional o seu coração, tocam naquele ponto onde mais precisamos, esses atingiram um nível evolutivo tão alto que são capazes de ler sua alma como cristal, é uma linha que está cada vez mais escassa, devido à escassez de médiuns que seguem corretamente seus preceitos, geralmente são aqueles que sentam, falam de forma carinhosa e utiliza muito humor durante sua consulta, pitam calmamente o cachimbo e falam com demasiadamente pausado.

Não dividirei em falanges a linha dos preto-velhos, porque são falanges enormes e totalmente contraditórias com as literaturas hodiernas, mesmo porque existe pouca hierarquia na linha dos preto-velhos, é uma linha que não é muito estudada e infelizmente está bem esquecida em muitas casas, sendo evocadas raramente e/ou dia de festas, justamente por essa questão, poucos médiuns desenvolvem todo o potencial dessa linha e o conhecimento e o poder da Umbanda esvaindo-se com o tempo.

Não mencionarei também os nomes mais comuns, porque é uma falange extremamente vasta, e estamos em uma mudança de grande magnitude no mundo espiritual, novos espíritos, novas falanges, novos nomes.

Como um deles já me falou:

“Somos como luzes, somos todos iguais, pois somos abastecidos e animados pela mesma fonte de energia”.

Namastê

Neófito da Luz

Comentários no Blog

Saudações Irmãos de Senda.

Muitos sentiam dificuldade em comentar no blog através da ferramenta comum no wordpress, hoje foi instalado e configurado um plugin que permitirá seus comentários através do facebook.

Basta comentar lá abaixo do post através do plugin do facebook para poder dar maior interatividade ao nosso bate-papo.

Forte abraço a todos.

Neófito da Luz .’.

Sou Como a Água – Como Nós Mediuns Devíamos Ser

Nenhuma barreira poderá represar-me e impedir que me torne um oceano.

Se barrarem minha passagem colocando grandes pedras no meu leito converter-me-ei em torrente, em cachoeira, e saltarei impetuoso.
Se me fecharem todas as saídas,eu me infiltrarei no subsolo.

Permanecerei oculto por algum tempo mas não tardarei a reaparecer.
Em breve estarei jorrando através de fontes cristalinas para saciar a sede dos transeuntes.

Se me impedirem também de penetrar no subsolo, eu me transformarei em vapor, formarei nuvens e cobrirei o céu.

E, chegando a hora, atrairei furacão, provocarei relâmpagos, desabarei torrencialmente, inundarei e romperei quaisquer diques e serei finalmente um grande oceano.

Massaharu Taniguchi

A Quaresma na Umbanda

Figura 1: Quaresma, simbolizada pela cor roxa, que significa luto e penitência


Saudações Prezados Irmãos de Senda, um Cordial Saravá e lá vou eu, pra mais um “blablabla”.

Muitos me questionam se eu o meu centro funcionaria durante a quaresma e dir-vos-ei (Estou ficando culto) com TODA A CERTEZA: Um Enfático SIM!

Etimologia

Primeiramente, gostaria de mencionar que o termo “Quaresma” vem do latim quadragesima dies (Quadragésimo Dia)

O que é a Quaresma?

Refere-se a um período de 40 dias que inicia-se na quarta-feira de cinzas e encerra-se na páscoa, normalmente são 47 dias, mas os sábados são excluídos porque como é um dia reservado para o descanso, subentende-se que é um dia para o recolhimento. Há algumas literaturas que dizem que o domingo que é excluído pelo fato de na época não fazer parte do calendário litúrgico, mas se normalmente as missas eram aos domingos, não entendo. A Quaresma é um período em que os católicos e outras liturgias cristãs como a Anglicana e Luterana, é um período sagrado que visa o fiel se recolher, jejuar e sacrificar-se afim de buscar a sua iluminação, deve-se evitar qualquer tipo de “mortificação” até mesmo ingestão da carne e é um período que deve-se enfatizar a CARIDADE e ORAÇÕES (Estão em maiúsculo porque Umbanda significa o que?)

Esses “Quarenta Dias” é um número muito famoso nas literaturas cristãs, o próprio dilúvio segundo relatos, durou 40 dias, Moisés em Êxodo passou 40 dias e 40 noites para receber a Lei. O Profeta Elias leva 40 dias para chegar ao monte Horeb, entre muitas outras passagens, 40 também é o número dos ladrões de Ali Babá em 1001 noites, o que não tem nada a ver com a bíblia mas eu quis mencionar pra mostrar que eu sou cult (rs).

O próprio Papa Bento no dia 22 de fevereiro de 2012, referiu-se à Quaresma como: “Trata-se de um número que exprime o tempo da expectativa, da purificação, do regresso ao Senhor e da consciência de que Deus é fiel às suas promessas.”

É um período que visa o recomeço, o crescimento espiritual, a evolução da Consciência (Ainda não entendo porque não trabalhar nos centros). Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias e assim surgiu a Quaresma. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência, o que explica o fato das imagens católicas serem cobertas com um manto roxo nesse período. A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista a justiça, a paz e o amor em toda a humanidade.

A Quaresma na Umbanda

Muitos centros fecham seus trabalhos por seguirem essa linha católico-cristã, infelizmente, nossa cultura é banhada por tradições católicas, obviamente, muitos dirigentes submersos a essa cultura, também seguem essa liturgia como forma de respeito e consequentemente seus mentores espirituais veem-se obrigados a respeitar a opinião do seu dirigente. Muitas casas utilizam esse período para o resguardo ou até mesmo para o descanso. Outros centros, optam por trabalhar apenas com linhas que atuam também na esquerda, muitos centros só trabalham com boiadeiros, marinheiros, baianos e exús, resguardando os caboclos, preto-velhos e erês por serem supostamente guias apenas da direita.

Existe um grande consenso nesse aspecto, desse resguardo espiritual, muitos centros enfatizam que é quando as trevas estão soltas, que os kiumbas e outros espíritos de baixo patamar vibratório estão à vontade para executarem todas as maldades pertinentes em nosso plano.

Eu não acredito de forma alguma nessas teorias por um grande motivo: Calendários terrenos são ligados às práticas do mundo espiritual? Se o são, quer dizer que durante 40 dias os mestres cósmicos descansam, dormem e deixam a zona correr na Terra? Tem coisas que não fazem o mínimo de sentido pra mim. Você ter o livre arbítrio pra fazer toda a besteira possível tudo bem, mas isso não significa que papai deixou o lar e as crianças podem fazer o que quiserem.

Os Trabalhos Umbandistas durante a Quaresma.

Como mencionei acima, muitas casas de recolhem, parcialmente, trabalhando com linhas que também chegam na esquerda e integralmente, fechando os trabalhos durante o período para reflexão, descanso ou até mesmo penitência.

Dois grandes motivos que me inclinam a trabalhar IGUALMENTE como em outras épocas: Se é um período de que temos que recolher, evoluir, praticar a caridade, porque fechar os centros? Não seria um paradoxo? Uma prática antagonista aos princípios tão pregados na Umbanda? Não será superstição ou apenas a oportunidade para muitos centros descansarem e evitarem suas obrigações? Penso eu que se for um período tão importante para evolução, NADA MELHOR que trazer toda a galera de Aruanda pra ajudar a gente crescer, trazer seus ensinamentos e experiências.

O outro grande motivo é: Se as trevas estão à solta, o que eu penso fazer relativo sentido, justamente pelo “baixo astral” que traz o carnaval justamente por tanta energia exsudada, sexo desenfreado, entre outras atitudes que denigrem nossa energia perispiritual não é o momento ideal para trazer os caboclos para segurar toda essa demanda negativa? Trazer os vovôs com sua larga experiência em combate com energias deletérias? Trazer os erês para trazerem a pureza e a tranquilidade espiritual que tanto almejamos? Ou vocês ainda acreditam que os erês tem medo de exús e são apenas crianças inúteis dispersas no astral cujo único objetivo e tacar bolo na cara e fazer sujeira?

Existem centros também que utilizam esse período para a firmeza dos médiuns, para a limpeza dos mesmos, para o desenvolvimento e para “recarregar suas baterias”, o que eu acho algo plausível e tem um grande fundo de verdade, para isso, até concordo e acho correto, é uma forma de caridade, porém, não concordo estendê-lo por toda a quaresma.

Como Trabalhar Durante a Quaresma nos Centros?

Como eu disse, eu, Neófito, e já com o “OK” de todos eles, trabalharia igualmente como em outros locais, a aflição não espera, imagine se ficarmos sem médicos durante 40 dias? Bom, eu ficaria porque odeio hospitais, mas como ficariam as emergências? Imaginem 40 dias solitários, sem ter ninguém pra conversar ou desabafar sobre as ideias? Bom, ainda não fez sentido pra vocês? Imaginem 40 dias sem Facebook e Whatsapp! AAAAAAAAAAH sim, agora chamei a atenção de vocês né? Rs. É assim que eu penso de 40 dias sem meus lindos penudos, meus grandes vovôs e meus amados pirralhos, isso quando a casa se fecha apenas para eles, imagine 40 dias sem amparo espiritual, daqueles que estamos tão acostumados, uma “fumaçada”, uma “atabacada” e assim vai. Justamente por esse motivo, de ser sempre vigilante e ativo para ajuda, o meu centro não fechará, pelo contrário, se intensificarão os trabalhos, isso me remete à célebre frase de Edmund Burke, utilizada também por Martin Luther King, Bob Marley que é “Para que o Mal Triunfe, basta que os bons não façam nada”, justamente por isso, nunca cruzaria meus braços durante a quaresma.

“Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada”

Nesse preâmbulo, nessa máxima que faz todo o sentido, é que meus trabalhos serão ainda mais frequentes e enfáticos, isso, dentro de uma premissa na qual eu acreditasse, como ignoro muitos ritos católicos, pra mim é uma época como outra qualquer, reflexão temos que ter todos os dias ao acordar e dormir, busca para a caridade, não somente dentro do centro, como fora também, ainda tem o fator sacrifício! Sacrifício? De certa forma, só de ir ao centro sem saber o que você vai encarar, sem saber se vai incorporar direito,  sabendo que poderia estar 4, 5 horas fazendo uma outra coisa, você está ali, para pessoas que você nunca viu para ajuda-las, muitas vezes sendo criticado ou até mesmo duvidado por muitos, talvez levar o resquício de “carrego” pra sua casa  já é um grande exemplo de abnegação e sacrifício, não? Não escolho apenas os 40 dias para tal, e sim todo o ano, portanto, não ficarei preso durante 40 dias em uma tradição que nunca fui de acordo, não sou católico, não é mesmo? E como disse, quaresma é uma época normal como qualquer outra, então como um bom exército não escolhe uma guerra, eu não escolho me recolher e nem tampouco descansar, onde alguém estiver precisando de ajuda, não me recolherei, e sim irei até ela para poder servi-la da melhor forma possível.

E como ignoro essa época como algo sagrado e cristão, “Pau no Gato!”

E vocês, o que acham de trabalhar na Quaresma? Comentem logo abaixo com o plugin integrado com o Facebook!

Namastê.

Neófito da Luz .’.

APACHES

Os Apaches são os índios mais conhecidos da América do Norte por serem um povo aguerrido e muito exposto no cinema. Eles se auto definem como Ti-neh (O Povo).

Habitavam uma área enorme no lado oriental do Novo México, que também invadia o Texas e o México. Este povo orgulhoso e guerreiro se dividia em muitos grupos, sendo mais conhecidos os jicarillas, os mescaleiros e os chiricahuas, mas haviam os kiowa, white mountain, os tontos, etc. Os primeiros intrusos do território Apache foram os espanhóis, a partir de 1.500.

Apache é uma palavra que significa inimigo e como os Navajos pertencem ao grupo lingüístico Athapaska, e também são da área cultural Sudoeste. Mas as coincidências param por aí.

Haviam diferenças entre os vários grupos de Apaches, principalmente no modo de vestir e nos acessórios que utilizavam. Haviam os grupos mais dedicados ao pastoreio e caçadores de bisontes, animal que garantiu a sobrevivência durante séculos, e outros voltados para os saques em fazendas e povoados, como os Mescaleiros, que viviam nas montanhas.

Na cultura tradicional, as mulheres cuidavam do alimento, da madeira e da água, enquanto os homens tinham que caçar e guerrear. A poligamia era praticada quando as condições econômicas permitiam. A religião era fundamental na vida Apache e pediam a proteção dos espíritos das montanhas. Usan era o seu Deus. Os feiticeiros eram muito respeitados nas tribos e detinham muitos poderes, freqüentemente influenciando os chefes nos Conselhos tribais, em que tomavam suas decisões mais importantes.

Por serem grandes guerreiros e precisassem se locomover com grande freqüência, suas tendas era feitas de lã e gravetos, para montar e desmontar de forma rápida. Assim podiam sumir sem deixar vestígios em pouco tempo, quando se viam ameaçados.

Viviam numa região hostil, de escassos recursos naturais e por isso se especializaram em saquear as fazendas e povoados dos colonizadores brancos e via de regra roubavam também as outras tribos, sumindo rapidamente nas serras da região, onde construíam inacessíveis esconderijos. Durante muitos anos o Exército sofreu na tentativa de subjugar os Apaches, mas parecia impossível combate-los.

Além do conhecimento do terreno, os Apaches contavam com a resistência animal conseguida em anos de vida dura e treinamento. Sabe-se que os índios passavam por treinamentos muito rigorosos, alguns incríveis, como o aplicado aos jovens, que corriam dez milhas com a boca cheia de água e não podiam beber um gole sequer. Eram atiradores admiráveis com o arco e flecha ou lançando suas machadinhas e cavaleiros invencíveis, capazes de cavalgar durante vários dias, sem parar para dormir. Se o cavalo morria, eles continuavam sua marcha a pé. Também eram admiráveis no combate corporal, quando usavam de muita astúcia e força. E por fim, eram guerreiros barulhentos, que arrepiavam os inimigos com seus gritos de guerra e rostos ferozes pintados para o combate.

Como em todo lugar da Terra, os lideres eram escolhidos entre as famílias mais importantes, mas qualquer um podia chegar a chefe, se tivesse carisma e autoridade, principalmente se adquiridos em combate. Adotavam, quando possível, o tipo democrático e geralmente assumia o comando o guerreiro mais próximo ao que deixava o posto.

Os Apaches são estimados em cerca de 18 mil pessoas e já foram bem menos na década de 30, quando não passavam de 8 mil. Hoje são civilizados e convivem em paz com os brancos, que aprenderam a respeita-los.

Mas se os Apaches eram estes guerreiros formidáveis e invencíveis, como perderam a Guerra com os brancos? Ora, os brancos não paravam de chegar na região e tramavam sem trégua para expulsa-los. Com o tempo, corromperam muitos índios e espalharam doenças nas tribos. Nestas condições adversas, um lado diminuía e outro aumentava. Porém, não foi fácil para os brancos, pois alguns Apaches se destacaram e deram muito trabalho.

Mangas Coloradas

 

Um dos grandes ícones Apache foi o Chefe Mangas Coloradas, apelido recebido graças ao roubo de uma camisa vermelha. Em 1837, ele era o guerreiro mais conhecido no Novo México, que ainda pertencia ao México e em Sonora, estado vizinho ao sul, pagavam-se 100 dólares por um escalpo Apache, tamanha o ódio e o temor desses índios. Foi quando usaram um embuste e deram uma festa em Santa Rita, tendo como convidados os Apaches do Chefe Juan José. Os índios atenderam ao apelo e quando estavam cheios de whisky e tequila, entrou em ação um canhão, que abriu fogo contra os Apaches, que foram massacrados em 100, inclusive o chefe. E coube a Mangas vingar os irmãos. Num assédio a Santa Rita, onde ninguém saía com vida. Mas os índios se afastaram antes de tomar o povoado. Então cerca de 400 habitantes decidiram deixar a região e por vários dias não viram sinal dos Apaches, mas foram atacados num desfiladeiro e mortos. Apenas 5 escaparam e conta-se que foi para noticiarem o massacre aos brancos.
Mangas foi aprisionado em 1863, durante a guerrilha com os Estados Unidos e morto sob tortura por soldados bêbados, como conta a versão oficial do Exército, mas fala-se a boca curta que o fizeram pagar pelas suas torturas escabrosas.

Cochise


Este grande líder Apache, da tribo dos Chiricahuas, promoveu a paz com os brancos durante muito tempo. Mas em 1858, construíram uma estação de diligência perto de Passo Apache, a região foi habitada e certo dia noticiaram em Forte Buchanan o rapto de um rapaz. Mandaram 50 soldados prender Cochise, que os recebeu em paz, mas ao perceber suas intenções, conseguiu escapar. Teve inicio mais um período turbulento na história Apache. Cochise ordenou que matassem qualquer branco que ultrapassassem o Passo e construiu uma fortaleza nos Montes Dragon. Até maio de 1862, ninguém conseguiu dar cabo dos Apaches, que estavam fortes com a aliança de Cochise e Mangas Coloradas, somando quase mil guerreiros. Porém, o General Carleton levou dois canhões, arma desconhecida pelos Apaches, e conseguiu uma vitória sobre eles, construindo em seguida o Forte Bowie, para assegurar a posição, bem na fronteira do território Apache. Mas continuava a corrida dos mercadores e especuladores para dominar o território e expulsar os índios, causando todos os tipos de conflitos. Em 1870, Cochise deu permissão para a passagem de diligências no território Apache, após entendimentos com um branco corajoso, de nome Tom Jeffords, que foi negociar com o chefe Apache, sozinho. Cochise, após a pressão contínua e muitas promessas do governo, aceitou também ir para a reserva de Sulphur Springs, um maldito lugar inóspito, que adoentou muitos guerreiros, inclusive o grande Chefe, que faleceu em 1.874. Em seu lugar assumiu o filho, Tazay, que continuou os passos do pai, procurando a paz, mas respondendo às afrontas.

Victorio e Nana

Victorio pertencia à tribo dos Mimbreños e foi um braço forte de Mangas Coloradas. Quando o seu povo foi confinado na reserva de San Carlos, no Arizona, lugar de planaltos e desertos, ele resolveu fugir. Dali reuniu um grupo de mescaleros e iniciou uma luta insana contra os brancos, causando mortes e destruição em suas incursões relâmpago na região de fronteira com o México. Foi caçado pelos casacas-azuis durante anos. Cansado de persegui-los em vão, americanos e mexicanos entraram num acordo para destruir de vez o seu bando. Então Victorio perdeu muitos guerreiros num confronto com o 10º. de Cavalaria em Rattlesnake Springs e fugiu para o México, mas era esperado e os Apaches foram pegos de surpresa e massacrados. Somente alguns guerreiros conseguiram escapar.

Entre os fugitivos, estava Nana, o feiticeiro, que fugiu para a Serra Madre e depois foi para o Arizona, onde formou um grupo, disposto a vingar os irmãos mortos em combate. Nana tinha muitos recursos, pois usou boa parte do produto dos saques realizados por Victorio. O novo chefe tinha 80 anos, muitos truques e audácia pura. Atacou colonos, saqueando e matando; atacou comboios militares, para se abastecer de armas e munições; e sempre sumia nos desfiladeiros, deixando os soldados para trás. Usava de toda a resistência e astúcia dos seus guerreiros, sempre fazendo o dobro do que conseguia um soldado e por isso foi considerado um grande vencedor, pois nunca foi capturado e morreu de velhice.

Gerônimo

O mais famoso guerreiro Apache começou a odiar de verdade o homem branco no dia em que retornou para casa e encontrou tudo destruído, a sua família assassinada. Os autores eram mexicanos. Então sua vida resumiu-se a uma palavra, um sentido: Vingança!

Este índio rebelde foi um constante problema para o governo americano, que gastou milhões ao mobilizar mais de 10 mil soldados em sua captura. Ele erguia o lenço branco da paz quando estava em maus lençóis e uma vez capturado, fugia em seguida. Aprendeu com os brancos o seu modo de lutar e utilizou as armas que contra ele usavam, inclusive dinamite. Tocava fogo no mato, envenenava os poços, apagava as pegadas, atacava à noite, isso sem contar os assédios circulares e as flechas incendiárias, alem das torturas Apaches.

Venceu o General Crook, um matador de índios, e seu nome difundiu-se pelo Oeste, atraindo novos guerreiros, desejosos de combater ao seu lado. O Governo Americano não agüentava mais a pressão da opinião pública, eficientemente excitada pelos diretamente prejudicados pela tensão regional do poderio indígena e patrocinou mais uma campanha contra os Apaches, liderada pelo General Miles, que grande estrategista e mostrando grande poder de fogo, conseguiu vencer o ceticismo de Gerônimo e o convenceu a se render em 1886, sendo confinado em Forte Sill, onde morreu em 1909.

Tal qual os habitantes nativos de todo o mundo, os Apaches sucumbiram à ganância e pressão dos colonizadores. Cochise foi o último a parar o combate e assinar um tratado definitivo com o governo americano. Entretanto, a coragem e ousadia dos Apaches em defender o seu território diante de um invasor mais numeroso e poderoso rendeu-lhes uma grande exposição no cinema. Os diretores cinematográficos vislumbraram o potencial e exploraram ao máximo a imagem desse povo, quase sempre mostrando o lado sanguinário e feroz dos índios.

Durante anos, vimos nos cinemas os filmes de faroeste onde os Apaches, seguidos de Sioux e Comanches, eram os grandes vilões, e sempre eram vencidos pelos casacas-azuis. Mais tarde surgiram alguns filmes explorando o lado bom dos índios, mas o estrago já estava feito. Passado um século desde a colonização do oeste americano, já se vê os índios com outros olhos e felizmente vemos que nem todos eram maus e apenas defendiam sua terra, tradições e sobrevivência com unhas, dentes, arco e flechas.

Créditos:
Revistas TEX e Enciclopédia Encarta, informações compiladas pelo colaborador G.G.Carsan E Fenix

Algumas lendas do folclore indígena brasileiro

As lendas são histórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.

Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos indígenas da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo.

curupira (Foto: Divulgação)

curupira (Foto: Divulgação)

Os mitos também serviam como uma forma dos índios passar o conhecimentos. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.

Algumas lendas e mitos do folclore brasileiro:

– Curupira

O curupira é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um homem de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos indígenas acreditam que é obra do curupira.

– Vitória-régia

A lenda da vitória-régia é uma lenda brasileira de origem indígena tupi-guarani.Há muitos anos, em uma tribo indígena, contava-se que a lua (Jaci, para os índios) era uma deusa que ao despontar a noite, beijava e enchia de luz os rostos das mais belas virgens índias da aldeia – as cunhantãs-moças.

Sempre que ela se escondia atrás das montanhas, levava para si as moças de sua preferência

Vitória Régia (Foto: Divulgação)

e as transformava em estrelas no firmamento.Uma linda jovem virgem da tribo, a guerreira Naiá, vivia sonhando com este encontro e mal podia esperar pelo grande dia em que seria chamada por Jaci.

Os anciãos da tribo alertavam Naiá: depois de seu encontro com a sedutora deusa, as moças perdiam seu sangue e sua carne, tornando-se luz – viravam as estrelas do céu. Mas quem a impediria? Naiá queria porque queria ser levada pela lua. À noite, cavalgava pelas montanhas atrás dela, sem nunca alcançá-la. Todas as noites eram assim, e a jovem índia definhava, sonhando com o encontro, sem desistir. Não comia e nem bebia nada.

Tão obcecada ficou que não havia pajé que lhe desse jeito.Um dia, tendo parado para descansar à beira de um lago, viu em sua superfície a imagem da deusa amada: a lua refletida em suas águas. Cega pelo seu sonho, lançou-se ao fundo e se afogou. A lua, compadecida, quis recompensar o sacrifício da bela jovem india, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente de todas aquelas que brilham no céu.

Transformou-a então numa “Estrela das Águas”, única e perfeita, que é a planta vitória-régia. Assim, nasceu uma linda planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.

Extraído da TV Gazeta.

Os Guias Nos Vêem como Realmente Somos!

Sabe aquela pessoa que dá a impressão de fazer tudo errado?
Ela é folgada, preguiçosa, fala mal de todo mundo, falta no trabalho à toa, só vê o lado ruim das coisas, enfim, aquele irmão que a maioria faz questão de se afastar.
Bom, um belo dia você chega no terreiro, recebe seu guia, sente aquela energia maravilhosa e, quando menos espera, seu primeiro consulente é aquele irmão de quem você prefere ficar afastado.
Se você for inconsciente não há problema algum, afinal vc não vai se lembrar, agora se for consciente, ou semi-consciente, vai sentir aquele “ai senhor, justo comigo?!”.
Sim meus queridos, apesar de estarmos ali, na força do guia, totalmente voltados pra caridade, nos policiando para sermos melhores, ainda somos humanos e, muitas vezes, julgamos sem perceber.
Bom, daí o filho chega e o guia dá aquele abraço apertado e gostoso nele. Nisso você sente que o filho está cheirando a bebida e lá vai você julgando de novo.
O passe corre tranquilo. O guia, na sua infinita sabedoria, ama aquele filho. Não importa se ele já roubou, se trata mal todo mundo ou se chuta o cachorro.
Aquele filho, que pra você é o exemplo do que não fazer e, ao invés de tentar aprender com os erros do seu irmão, você simplesmente se afasta dele, é o filho mais lindo pro seu guia.
Sabe por quê? Porque enquanto ele estiver ali, na frente do guia, procurando ajuda, é porque lá no fundo existe amor. Um amor escondido, que leva esse filho até o seu guia a pedir ajuda sem nem ele mesmo saber o que está fazendo ali.
Os guias não enxergam aquilo que somos por fora, eles enxergam aquilo que está dentro de nós. E apesar de muitas vezes acharmos que esse ou aquele irmão já se perdeu, os guias nunca desistem da gente. Porque eles são a face de Deus mais próxima de nós. E Deus nunca abandona.
Então, da próxima vez que você achar que pode julgar alguém que pede ajuda, lembre-se de que cada um está num estágio de evolução. Cada um de nós, inclusive você, precisa aprender a evoluir a cada dia. E Deus nos concede essa evolução, esse aprendizado, através de caminhos que nos parecem tortos porque não são os caminhos convencionais, mas sim caminhos de extrema provação e dificuldade.
E vocês podem ter absoluta certeza que o Guia do filho que você julgou está sempre com ele. Mesmo quando o guia não pode mover uma palha em prol do filho, porque a caridade só pode ser feita quando a pessoa se deixa ser ajudada, o Guia está ali, pra chorar conosco, do nosso lado, dando seu ombro amigo, seu abraço de luz pra nos consolar.
E de repente, quando menos esperamos, a vida começa a ficar colorida, as coisas começam a dar certo, as provações começam a ser mais brandas. Aquele irmão “torto” começa a ter benefícios na vida, apesar de toda a grosseria, de todos os erros. E você pode pensar “puxa, eu aqui, fazendo a caridade e ele, que só trata todo mundo mal, consegue um emprego melhor, mais dinheiro, mais tranquilidade”. É meus amigos, aquele irmão tão “torto”, através do amor do guia que você incorpora, vai se deixando levar, sem perceber, para a luz. E a melhoria na vida dele é só um estímulo pra que ele consiga cumprir suas provações até o fim e não desista de tentar se melhorar.
Os guias, apesar de todas as máscaras que usamos no dia a dia, nos enxergam como somos. Não adianta se disfarçar de bonzinho, caridoso, gentil, se lá no fundo você for diferente. Assim como não adianta usar máscaras de  “malvados” pra ocultar o amor que existe em nossos corações, e que os guias, na sua infinita sabedoria, sabem procurar e achar lá no fundo.
Ana Lídia
Dirigente da Casa da Vó Maria Rosa e Povo do Oriente

Prestação de Serviços na Umbanda

Saudações prezados irmãos de fé.

Essa semana estava falando com duas irmãs do blog que já viraram amigas sobre o fato de cobrar para a feitura de cabeça e na mesma semana um irmão também aqui do blog me dizendo que a assistência deve pagar R$ 30,00 por mês para assistir aos trabalhos e tomar os passes…

Primeiramente vou desmembrar o primeiro caso, sobre a feitura de santo e já enfatizar veementemente que na Umbanda não existe nenhuma feitura, na Umbanda não tem buri, não tem nada disso, porque a Umbanda visa a simplicidade e o objetivo prático das coisas, no conhecimento ancestral, diz-se que para que o Orixá renasça em nosso Ori trazendo pra nós toda a força Verdadeira do mesmo, são necessárias uma série de rituais que visam aproximar o Orixá recém-nascido de nosso corpo, para isso existe o buri, as oferendas em geral, o banho nojento de sangue (que simboliza a vida para muitos) e assim por diante. E para todos esses procedimentos “Umbandísticos” foi cobrado a bagatela de R$ 10.000,00.

A Umbanda realmente como toda religião que se populariza, virou uma máquina de ganhar dinheiro, seja os cursos que os próprios dirigentes empurram aos seus filhos para o desenvolvimento mediúnico, o que em muitas casas, é obrigatória, antes o que era tão criticado pelos umbandistas quando muitos que conheci, criticavam que os pastores viverem DA Igreja, hoje também existem muitos dirigentes vivendo DA Umbanda, e por sinal, muitos desses dos quais cresci junto, viraram “mecenas”.

Sinceramente, perdendo um pouco a polidez, no mundo capitalista é assim: “Pra todo esperto, tem vários tolos (Pra não dizer outra palavra)” e conforme estava falando com um irmão hoje, a ignorância nos dias atuais é uma opção, já foi o tempo que precisávamos de dinheiro para comprar um livro, ou até mesmo deslocar-nos até uma biblioteca longe de casa para procurar alguma fonte de pesquisa, hoje a informação está na ponta dos dedos e quando muitos perdem seu precioso tempo presenciando fofocas em redes sociais ou recebendo vídeos pelo whatsapp (Não que eu não faça, mas eu doso par que não ocupe todo o meu dia), outros optam por utilizar esses mesmos mecanismos para aprimoramento intelectual e cultural, já mencionei aqui no blog de pessoas que até venderam o seu carro para realização de um trabalho espiritual, sei que muitas vezes estamos vulneráveis e muitos se aproveitam desses momentos para oportunidades, eu mesmo quase já fui vítima desses mecanismos de persuasão, porém, pesquisei, persisti e aprendi que existem caminhos muito melhores que esses.

A Ignorância nos dias de hoje é simplesmente opcional!

Entendo que muitos irmãos ainda não possuem esses recursos acima mencionados e até compreensível que tenham caído nessas falácias, mas isso é muito falado em televisão, a disseminação da informação hoje ocorrem em segundos, o próprio whatsapp, você recebe algum vídeo e rapidamente recebe de outras pessoas de diferentes ciclos sociais do seus amigos. E com isso, precisamos nos munir e nos proteger desses mecanismos persuasivos e abusivos.

A Umbanda é caridade e entendo como caridade o bem sem escolher a quem, o bem independente de cobrança, uma casa próxima aqui, além de cobrar R$ 30,00 mensais dos assistentes (Algo que é até aceitável e compreensível para manutenção da casa) o dirigente cobra R$ 100 ,00 para consultas particulares, e muitas das vezes pra ouvir dezenas de palavras infundadas, sim, o charlatanismo é uma máxima nas religiões, principalmente daquelas que ainda contam com a ingenuidade do necessitado. Hoje deturpou-se o conceito de caridade onde até mesmo fundamentos e conhecimento é vendido como moeda de troca para o enriquecimento. Vejo esses cursos de magos e sacerdotes que é uma mina de ouro e conheço alguns dirigentes que fizeram esse curso e eles mesmo disseram que PARA ELES, não serviu de muita coisa.

Curso de Sacerdócio não forma sacerdotes, além de trazer à tona apenas uma parte dos ensinamentos!

Um conhecido me disse que fez esse curso e agora vai abrir uma casa, sim, como se fosse uma faculdade, faço um curso e agora vou abrir a minha clínica, a minha empresa, é como se falasse que todos que são formados em administração fossem administradores ou até mesmo empreendedores, quantos se formam em um curso e atuam em outro ramo?

Mas não é o escopo do artigo, voltando ao assunto, infelizmente a Umbanda virou um mercado, o conceito de caridade perdeu-se e muitos me indagam: Mas se fosse tão errado, porque os guias não abandonam?

Os guias visam a prática do bem e da caridade, não importando a quem, como eu disse, às vezes o meio não é o mais correto, mas eles conseguem levar a sua luz até na maior das trevas, fazendo uma simples analogia, imaginem os “Médicos Sem Fronteiras” muitas vezes trabalham em condições lamentáveis, em tendas muito mal esterilizadas com ausência de boas ferramentas e até mesmo de máquinas, mas não deixam de exercer o seu principal propósito: Salvar Vidas! Assim também ocorre com muitos dirigentes incompetentes ou até mesmo mercenários nas casas de Umbanda, dificultam demasiadamente o trabalho do guia espiritual, mas mesmo assim, os mesmos devem vir cumprir também o seu propósito, que é a evolução e o trabalho espiritual.

Possuímos o Livre Arbítrio e os Guias Espirituais não interferirão, o médium cobrando ou não, isso é um acerto de contas com a Justiça Espiritual, seus Guias Espirituais existem para prestar a caridade aos necessitados e ao próximo, infelizmente dificultamos a comunicação!

Dois fatos que ajudam a contribuir com a ideia acima foi a excelente médium em nossa casa que fazia programas e um dirigente que eu conheci que era alcoólatra, claro que eu não sei que tipo de guia espiritual ele recebia, mas a casa está em pé até hoje!

Existem centros abertos que cobram, e por que estão abertos até hoje? Porque os nossos guias espirituais precisam trabalhar, e assim como os médicos sem fronteiras, independente dos recursos que eles dispõem, a necessidade de levar a luz fala mais alto que qualquer erro do médium, mesmo porque, somos TODOS imperfeitos, eu não cobro, mas tenho outras dezenas de imperfeições que também pode prejudicar a minha mediunidade, mas isso não significa que serei abandonado, assim como os dois exemplos supracitados!

Eu sou e sempre serei contra cobrar pela caridade, porém, terei uma certa regra no templo de levar alimentos não perecíveis para serem convertidos a uma casa de caridade de minha escolha, de minha confiança, porque como eu sempre digo, ser médium não é ficar “Espiritando” a todo momento e sim propagar e perpetuar os ensinamentos benévolos do Mundo Espiritual.

Penso que se da mesma forma os mentores espirituais exigissem, julgassem e punissem cada médium por seus erros, até mesmo com o afastamento deles, o que seriam das igrejas que ganham dinheiro em nome dos ensinamentos de Cristo? Não teriam espíritos dessa egrégora responsáveis pela propagação dessas ideias? Eles não teriam que punir ou mandar queimar os responsáveis? Pelo contrário, as igrejas continuam abertas e fazendo o excelente trabalho extorquindo os fiéis. Vejo muita gente falando que se a casa que estivessem fosse tão errada, não estaria aberta, é aí que eu DISCORDO VEEMENTENTE do fato, mesmo porque existem muitas igrejas mercenárias que a cada dia que passa, ficam maiores, algumas até virando impérios.

Os Guias Espirituais nos compreendem justamente pelo fato de ainda estarmos encarnados e propensos às paixões de nosso plano, propenso às seduções e quedas que passamos todos os dias em nosso cotidiano, justamente por possuírem essa sabedoria e compreensão, é que eles nos isentam de julgamentos.

Senhores, não caiam nessas ciladas de pagarem para realizarem trabalhos, pagarem para ebó, pagarem para limpeza, pagarem para feitura, como sempre repito aqui, Umbanda é caridade, a partir do momento que é realizada a cobrança, em meu limitado ponto de vista, a herança deixada pelos antigos se perde, porque deixa de ser caridade e vira serviço, a partir do momento em que é realizado um trabalho e você paga por ele, vira uma prestação de serviços e não a gentileza, a caridade, a prática do amor tão enfatizada pelos pretos-velhos de nossa Umbanda.

Obviamente todos nós precisamos viver e para isso, precisamos de dinheiro, e se você faz da Umbanda seu único meio de sustento, meus sinceros pêsames, e para vocês que estão tão desesperados ao ponto de pagarem um absurdo pra fazer um trabalhinho com meia dúzia de ovos e um pombo branco, meus pêsames também, porque vale a máxima: “A Oportunidade faz o Ladrão!” e assim viveremos nesse eterno ciclo vicioso do “Néscio e o Esperto”.

Falo isso com toda a certeza, na grande maioria das vezes uma vela e um passe fluídico bem realizado é muito mais poderoso e simples que qualquer ebó, trabalho de limpeza, ou qualquer outro trabalho que visa aquela sujeirada de ovo e comida no corpo!

E Para você que faz questão de pagar pelo trabalho porque vem presenciando resultados, nem que sejam pífios, eu te digo com toda a certeza do mundo, esse tipo de trabalho, você mata uma formiga com uma bazuca, em outras palavras, você vai atuar certamente e conseguir matar essa formiga, porém existem outros infinitos efeitos colaterais, esse tipo de dependência é praticamente uma quimioterapia espiritual, mata as células cancerígenas juntamente com as saudáveis.

Muitos só dão valor também através do pagamento do “trabalho”, existe o fato de quando alguém faz algo pra você de graça, é de má qualidade, outro vício muito bem disseminado pelos populares, o que pode ser uma grande verdade para o mundo material, mas para o espiritual, não passa de outra falácia.

E por fim… Se você precisa de begalas e pagar muitas vezes por uma bengala velha e ineficaz porque não confia em você, sua caminhada será ainda muito mais dolorosa, se não tem ciência que você é capaz de traçar o seu destino e depende de outrem para tomar suas decisões, digo-lhe com toda certeza, árduo e turbulento será o seu caminho, uma hora se culpará se não ter ouvido sua intuição e sim o conselho de um suposto guia, se frustrará, disseminará a todos que a religião é uma “m..” e dependendo da situação, passará o resto da vida se lamentando por ter investido tanto tempo e dinheiro em algo que não deu certo!

E como sempre falo no blog. Umbanda é Amor, é Servidão, é Caridade, e qualquer dinheiro envolvido para quaisquer trabalhos com o objetivo de auxílio, deixa de ser Umbanda e vira “Comércio e Serviços”.

Nem tanto em Paz, mas com Profunda  Inconformação .’.

Neófito da Luz

Comunicado: Forum

Saudações irmãos.

O Forum já se encontra no ar. Estou concluindo algumas configurações de acesso e permissões, mas teoricamente já está funcionando.

Se puderem me fazer a gentileza de testarem postando dúvidas e verificar se está tudo OK, o link é http://umbandadochico.com.br/forum

Muito obrigado a todos e vamos fazer desse forum mais um canal de comunicação e aprendizado GRATUITO!

Lach´Ech

Neófito da Luz .’.

As Previsões na Umbanda

Saudações prezados irmãos de Senda, um cordial Saravá a todos.

Esse é um tema extremamente polêmico para muitos irmãos de senda, muitos centros repudiam ostensivamente a “Adivinhação”, outros fazem dezenas de previsões infundadas que acabam comprometendo a reputação da religião e consequentemente a degradação da casa. Por isso, estudei muito o taoísmo, mesmo sendo difícil, prefiro o caminho do meio. Queria dizer aqui que esse artigo não é para me promover, mesmo porque já cansei de dizer que eu não vivo PRA Umbanda e nem DA Umbanda, tenho uma formação Universalista e meu papel com a Umbanda é para a prática o amor, do auxílio e daqueles que estão em minha capacidade de ajudar.

Maktub em Árabe

Mas vejo muitos centros dessas novas escolas que repudiam a “adivinhação” o que eu acho um termo complicado, porque adivinhação pra mim é meio que um chute, é escolher uma possibilidade e lança-la ao destino, eu prefiro realmente usar o termo “projeção” para esses casos, muitas literaturas dizem que o futuro está escrito, uma expressão muito conhecida para exprimir esse fato é maktub, que vem do árabe “Estava escrito” ou “Tinha que Acontecer”.

Como alguns sabem aqui no blog, eu sofri um acidente do qual eu poderia ter morrido, e na mesma manhã, minha mulher havia me dito que estava com um péssimo pressentimento, minha mãe um dia antes, havia sonhado com acidente automobilístico (Mas havia falado apenas à minha irmã que não me deu o recado), que não era pra gente sair aquele dia, que ela queria ficar em casa e tudo mais, como a ocasião era importante e eu tinha que participar (Eu tenho essa de quando eu me comprometer, aconteça o que acontecer eu vou, porque Palavra é o que você tem de maior valor e se a mesma é quebrada, isso se perde) e acabamos indo, deixei a minha mulher em minha sofra e ao ir pra casa, sofri um acidente sério em uma rodovia do qual saí ileso. Esse é mais um fato que pode-se prever o futuro e evita-lo, sim, não acredito que tudo está escrito e existe algumas nuances do qual podemos modificar e mudar, existem linhas de destino, uma vez Ramirez me disse: “O Destino está apenas esboçado, pense em uma escrita a lápis, você tem o esboço, mas você pode apagar o esboço e recriá-lo, você pode apenas apaga-lo ou pode usar a escrita de forma que não se apague mais” e continuo acreditando piamente nisso.

Conhecimentos básicos da Quiromancia (Leitura de Mãos)

Arjuna

No livro “Caminhos para Deus” que eu indiquei aqui no blog, de Ram Dass, ele diz que o que o livro “Bhagavad Gita” (Traduzido ao pé da Letra: Canção Divina) é a essência do conhecimento védico, é ensinado através de parábolas e é um diálogo complexo entre Krishna, que é uma das encarnações de Vishnu e Arjuna, seu discípulo guerreiro em plena guerra, é uma literatura excelente para aqueles buscadores do conhecimento antigo, também é dito que existem certas tendências de acontecimentos em sua vida, existem algumas predisposições, mas você pode muda-las e sair da roda do carma. Eu mesmo já ouvi de vários mentores que o “Livre Arbítrio é Tão Sagrado que nem Deus Interfere”. Em várias filosofias orientais, inclusive as Iniciáticas no Ocidente possuem um consenso de futuro, destino, livre-arbítrio, carma e darma, que existem certas predisposições, certas tendências, a Astrologia, os Búzios, a Numerologia, as runas (Onde estou aprendendo a jogar), a Cabala, muito utilizada por muitos famosos e que foi bem disseminada por muitos, a Quiromancia como método de autoconhecimento, muito bem explicada por Eliphas Levi, os ciganos sabiam ler as mãos não para prever o futuro, mas as características da mão revelava personalidade, tendências, defeitos e isso ajudava a realizar certas previsões, por exemplo, pessoas que tem certos traços de pessoas trabalhadoras e comunicativas, tenderão a ter sucesso e certas vocações que outras que são mais introvertidas, então, as previsões eram realizadas a partir do conhecimento dos traços psicológicos e as facilidades que poderiam levar durante a vida, o Tarô vem mostrando que podem existir tendências que podem ocorrer, quando bem realizados por pessoas sérias e competentes, mostram-se excelentes ferramentas para o autoconhecimento e consequentemente, auxiliando em pequenas previsões.

Eu gosto de dizer que esses métodos divinatórios são na verdade ferramentas para autoconhecimento, você se conhecendo, sabendo suas vocações, quais suas deficiências, você consegue traçar o seu futuro e determinar certas situações e consequentemente antever circunstâncias que podem ser desfavoráveis.

Repito, estou falando de pessoas sérias que jogam com seriedade, que estudam, que possuam a mão para isso, nem todos são capazes de manipular tais energias, são apenas curiosos com o oráculo na mão, lembro-me muito daquela grande maioria que fazia previsões sobre o próximo ano no Fantástico e quase todas as previsões estavam erradas, lembro-me do vários babalaôs falando que o Brasil ganharia a copa e assim por diante, essas circunstâncias só favorecem a certeza de muitos acharem que a Umbanda não passa de charlatanismo e superstição barata.

Já tive experiências de médiuns muito firmes e que seus mentores fizeram certas previsões que vieram a acontecer, sobre relacionamentos, sobre trabalho, recentemente um conhecido estava passando por um problema financeiro e profissional, o mesmo foi se consultar com o Sr. Zé Pelintra, o mesmo além de ter mencionado onde estava determinado objeto do filho que estava perdido e que não convém dizer qual é, disse ao mesmo: Fique sossegado, o trabalho está aqui, batendo na sua porta, isso foi em uma sexta-feira, na segunda o médium foi chamado para uma entrevista e na quinta, foi empregado.

Já postei aqui no blog, o Sr. Tranca-Ruas dizendo em um trabalho que se ausentaria por duas semanas porque haveria um desencarne em massa em nosso plano e que ele seria responsável por guiar os desencarnados a seus respectivos lugares. Também presenciei a consulta com um preto-velho kimbandeiro extremamente sério que era para o filho que estava ali falando com ele, dar mais atenção a uma certa pessoa porque em seis luas o mesmo desencarnaria, passado as seis luas, eis que a pessoa em questão veio fazer a transição (Desencarnou).

Ifá: Orixá da Adivinhação na Mitologia Iorubá.

Então existem previsões bem fundadas pelos guias espirituais, obviamente isso não é obrigação daquele mentor que está ali realizando a consulta em fornecer e consequentemente, o consulente que ali adentrou não esteja no merecimento ou preparado para saber, existe uma série de variáveis.

No centro onde eu trabalhava, existia uma médium, da qual já mencionei algumas vezes aqui no blog que era garota de programa (isso quebra muitos preconceitos e paradigmas na religião, quando falam que isso atrapalha a incorporação) e ela recebia um caboclo e uma pomba-gira que o que diziam era “batata”, acontecia. A mesma mencionou a uma mulher que o primeiro amor da vida dela voltaria, e voltariam com força total, a consulente havia perdido o contato com o mesmo chegando a casar, e na ocasião da consulta, estava se separando, e em exatos 30 dias (Contrariando a maldição do “Trago seu amor em sete dias”) em um shopping ela se encontrou com o dito cujo e estão juntos até agora, a mesma médium disse a um filho para seguir um determinado caminho que ali que estava o baú de ouro, o mesmo seguiu e sua empresa prosperou.

“A Previsão de acontecimentos futuros existe, mas não é obrigação do mentor em proferir e muitas das vezes, não é do merecimento do consulente saber!”

Vejo muitas pessoas indo a centros justamente por esse fato, de quererem previsões sobre dinheiro, vida afetiva, trabalho e muitas vezes decepcionam porque não ouviram o que queriam ou deixaram de ouvir, isso é uma grande constante, muitos e-mails que eu recebo são para “resolver problemas através de previsões” e infelizmente isso está muito além de minhas capacidades, a única coisa que eu posso fazer, é um rápido mapa natal da pessoa e interpretar certos períodos da vida dele, somente isso, obviamente os mentores tem maior poder para isso, mas se fossem a todo momento prever o futuro ou ajudarem em nossas escolhas, isso prejudicaria o livre arbítrio e consequentemente, nosso aprendizado nessa feliz e infeliz jornada chamada vida.

O Futuro é mutável, ele é dirigido por cada escolha que fazemos, e cada escolha tem sua consequência, o guia espiritual pode sim ajudar a escolher entre um caminho ou outro, como já mencionei algumas circunstâncias acima, mas infelizmente não é sua principal função, ou porque hoje é difícil encontrar um médium firme capaz de realizar tal função e mediante a essa questão, se reinventaram trazendo novas atribuições às suas incorporações, por exemplo, auxiliando com palavras de consolo, resolução de questões sem interferir o livre arbítrio, com conselhos, trazendo uma outra ótica para enxergar os problemas, um passe espiritual, uma limpeza fluídica, eu diria que a previsão é um PLUS e isso só acontece em médiuns que estão realmente firmes o que é uma rara circunstância nos dias atuais.

“Importante lembrar que a partir do momento que você sabe de um acontecimento futuro, você na verdade, descobriu uma tendência para que aconteça, mas você pode mudar a partir daquele exato momento”

Mas também acredito no futuro coletivo, da tendência na humanidade em sofrer certas consequências, como por exemplo, a Bomba de Hiroshima, Holocausto, Tsunami, Maremoto, entre outros fatos que dizimaram milhões de pessoas, isso é previsível e imutável.

Por favor, não me entendam mal, não estou dizendo que sou nazista, a favor da dizimação de irmãos com bombas, genocídios, e também confesso não ter uma opinião formada sobre o assunto, a previsão do Tranca-Ruas me fez pensar que com uma semana de antecedência, já estavam se preparando para o desencarne em massa, mas também me questiono: Era um desastre natural iminente ou uma determinação do Mundo Espiritual para limpeza? Salvação? Progresso?

Creio que essa resposta podemos apenas supor, podemos apenas criar hipóteses, mas é difícil saber ao certo.

Nota: Preferi colocar os nomes traduzidos para o nosso fonema, como tarô, carma, cabala, darma ao invés de utilizar os nomes corretos para facilitar com o corretor automático.

Nota 2: Para não ficar muito extenso, desmembrarei mais artigos sobre o assunto, senão se torna cansativo demais artigo muito grande.

Lack´Ech

Neófito da Luz .’.