Bebidas caras para guias! É realmente necessário?

Bom, irmãos de fé, esse título foi algo que eu ouvi de uma irmã de santo da qual tenho muita confiança e entrou recentemente em nossa egrégora, o exú exigir um whisky de boa qualidade. Com isso eu me pergunto: Um exú quer um whisky de boa qualidade porque ele gosta de beber esse whisky, porque quanto maior a qualidade, melhor o trabalho ou seria porque seu aparelho faz questão de tomar um whisky de alta qualidade.

Para refletir sobre esse assunto, eu gostaria de expor um pouco a minha ideia em relação a isso, em minha opinião, o álcool é apenas um elemento de trabalho relativo à vibração da entidade que o utiliza, trocando em miúdos, quanto maior a necessidade de um trabalho mais próximo ao nosso plano, maior a necessidade em trabalhar com elementos mais densos, como o álcool no caso.

Em hipótese alguma, acredito que isso saia seriamente da boca de um exú, conheço sim, exús que brincam em relação ao whisky que tomam, mas exigir um whisky de boa qualidade para que possam apreciar e trabalhar com ele, para mim seria uma afirmação inadmissível, algo que contraria totalmente as leis da Umbanda, como a humildade tanto pregada pelos nossos queridos vovós e vovôs da Umbanda.

Qual a diferença de um whisky de boa ou má qualidade? Apenas o teor de álcool? A “esmaltação”? Tudo isso seria necessário para o bom andamento dos trabalhos? Creio que não, acredito sim na hipótese de mistificação, acho que o que vale lembrar é sim o teor de álcool e a utilização desse elemento para o trabalho, um exú de Lei, trabalha com qualquer bebida que contenha álcool, talvez, ele tenha uma afinidade maior com determinados tipos de bebidas, talvez alguns prefiram o conhaque, pela existência do gengibre, outros o vinho, pela existência da própria uva, isso realmente é relativo e cada entidade tem uma certa preferência para escolher seus elementos de trabalho, mas no caso exigir um whisky de boa qualidade, como por exemplo, um Red Label, um Chivas, eu acho realmente um absurdo, talvez uma forma materialista do próprio medium ostentar um certo poder ao seu guia, em outras palavras, minha entidade é “chique, enjoada” só toma coisas de boa qualidade. Isso é consequência de um grave defeito que existem entre os filhos da Umbanda, o Antropomorfismo, agora que discutiremos posteriormente, em poucas palavras, é a forma de atribuir todos os pensamentos, defeitos e qualidades humanas aos guias e orixás, como ocorriam com os Deuses Gregos, por exemplo, ninguém possuía a coragem de enfrentar a Fúria de Zeus.

É uma forma de “humanizar” os guias e orixás, e acredito estarem em um patamar que dispensa tais sentimentos e pensamentos primitivos. Portanto, minha gente, em meus quase 20 anos de Umbanda e um pouco de experiência que eu obtive com guias e orixás, acho luxúria excessiva tal solicitação, é claro que, ouvirei de certos filhos que isso pode ser um ensinamento que o guia tá dando, que o guia sabe o que faz e blá, blá, blá, mas vale lembrar que acima do guia no ato da incorporação, há sim a cabeça do médium que pode prejudicar a comunicação entre guia e matéria. Portanto, o intuito desse blog é além de compartilhar o pouco da minha experiência, é tentar desmistificar algumas tradições que foram oriundas de simples superstições sem o devido embasamento, que de certa forma, acho que é o caso dessa situação.

A Exigência de um whisky de boa qualidade para uma pessoa, que se ali houvesse uma entidade firme, não pediria algo tão caro para alguém desempregado, e isso, nada mais é, do que mais uma história de ignorância do Grande Livro que escreve a nossa Amada e Singular Umbanda.

Enfim, essa é minha opinião, para a entidade, whisky é whisky, e acima da qualidade do whisky, existe o pensamento, que é a maior força do Universo, existe sim o propósito, o objetivo do médium da entidade e da própria entidade, o álcool, é apenas algo supérfluo que possui influência apenas em nosso limitado plano materialista, portanto, ele é secundário servindo apenas como base e auxílio para o trabalho terrícola.

Portanto, de boa ou má qualidade, o mais importante é a vibração da entidade e do medium, e acima de tudo, as intenções de ambos para a prática do Amor e da Caridade.

Repito, muitos guias falam brincando, porém, se a entidade exige algo tão ostentador em um templo que prega a simplicidade e a humildade, fatalmente ali não é um ser de luz que vos fala.

Um cordial Saravá.

Aranauam.

Neófito da Luz.

O Outro Lado da Moeda

Mundo Espiritual

Saudações fraternais amados irmãos.

Como sempre digo, esse blog não tem caráter informativo e sim reflexivo, importante salientar que quando informamos, apenas dizemos sem nos preocuparmos com o feedback de outrem, diferente de comunicarmos onde se estabelece um diálogo entre duas ou mais partes. Mas o objetivo desse blog não é nenhum dos dois, é apenas plantar a semente do amadurecimento espiritual, do conhecimento, da vivência e auxiliar a caminhada individual de cada um dos irmãos que aqui estão presentes.

Importante salientar que graças a esse blog, comecei a me aproximar mais de pessoas especiais, algo que só comecei a fazer nesse semestre, porque o neofito seria apenas o escritor do blog e a minha vida particular, outra pessoa, mas em breve, vou unificá-los e estou muito grato por algumas pessoas das quais me escrevem, fizemos amizade e podemos nos aproximar um pouco mais.

Esse post refere-se a algumas dúvidas que surgem, até mesmo algumas contestações das quais me referirei no decorrer do texto.

É sempre importante salientar, ressaltar, repetir e ressaltar novamente que esse blog é apenas uma das diversas linhas de trabalho dentro da Umbanda, a minha linhagem, a minha espiritualidade, os meus ensinamentos não se fazem a verdade absoluta, é apenas um galho da Grande Árvore da Espiritualidade, o que eu passo aqui, em grande parte do tempo, foi ensinamentos dos meus mentores, obviamente algumas coisas, são opinião pessoal e minha experiência no decorrer dos anos, futuramente farei um post chamado “Como seria o trabalho de Umbanda na casa do Neófito?”, mas esse vai demandar um tempo maior justamente porque dependo de mais de um mentor conversando comigo, porque sei que o Patrono de uma possível casa será o Sr Urubatão da Guia, mas algumas diretrizes partirão de outros mentores, mesmo porque a Linha do Oriente em minha corrente é muito presente, mas isso é assunto para próximos posts, inclusive sobre a Linha do Oriente.

Voltando ao que eu estava dizendo, o Urubatão que eu sirvo, pode trabalhar diferente do Urubatão de outro medium, assim como outros mentores que levam o mesmo nome pode ser totalmente diferente de um outro da mesma falange e assim vai.

Um fato que eu gostaria de deixar claro novamente é que não diminuo outros tipos de trabalho desde que sejam REALIZADOS COM AMOR E HUMILDADE, o mentor pode dançar? Pode! Pode beber? Pode! Pode sorrir? Pode! O que eu não gosto é de interferência e vaidade do próprio medium.

–       Neofito, eu estava doente, Sr. Zé Pelintra me fez beber cachaça, a dor passou e não tive mais nenhuma enfermidade desse tipo depois de um trabalho com cachaça e cigarro!

Excelente, vemos aí que foi realizado um trabalho de amor e caridade, um trabalho efetivo dentro da espiritualidade. Agradeço de coração que ainda existam mediuns capazes de realizar essa ponte. Agora vamos esmiuçar melhor isso.

Primeiramente eu havia dito em um dos posts, “Efeito Placebo na Umbanda” que muitas vezes os mentores utilizam elementos para que possa acelerar a fé do medium ou para que possa atuar em um nível vibratório mais baixo para atingir a enfermidade do medium, para isso, existe a pinga, existe o fumo, algumas vezes para uma coisa, algumas vezes para outra coisa, mas na grande maioria dos casos, existem para essas duas funções. Existe uma terceira que é porque o mentor ainda não sabe trabalhar com elementos mais sutis, SIM, ainda existem mentores em evolução dentro da Egrégora da Umbanda, isso me foi passado hoje.

Existem os guias que ainda estão ligados à liturgia afro-brasileira, que dependem de elementos telúricos como bebidas, cigarros, entre outros artefatos, existem os que não precisam de tanto e existem os que já trabalham sob a égide de um polo mais sutil de energia, como Kardecismo ou até mesmo com algum Mestre Ascensionado como Saint Germain, El Morya, entre outros.

Esse Sr. Zé Pelintra que curou essa filha, pode estar dentro da classe dos que ainda estão em evolução ou dentro da classe dos mais evoluídos que utilizam esses recursos apenas como efeito mental no próprio consulente ou que necessita de alguma carga vibratória mais densa para atingir o objetivo final que é desmanchar o miasma no corpo espiritual ou físico do consulente.

O que estou querendo dizer com tudo isso e que já havia dito isso incessantemente em outros posts, existem formas diferentes de trabalho, existe até mesmo certo tipo de divergência magística no plano espiritual, a divergência que eu quero dizer, meus caros, não é rixa ou mazela, e sim formas de trabalho diferenciada. Como já havia dito, o Sr. Chico Preto que trabalha comigo, ele EXIGE o cachimbo, o chapeu, entre outros aparatos umbandísticos, enquanto meus caboclos, preto-velhos e até alguns exus não querem mais nada disso.

Resumindo tudo isso:

–       Existem mentores em evolução que dependem de certos elementos para ainda realizarem seus trabalhos? SIM.

–       Existem mentores que ainda trazem o seu nome de Umbanda, mas já trabalha em outras camadas mais sutis? SIM.

–       Um mentor que ainda trabalha com elementos telúricos ele pode causar algum mal ao filho? NÃO.

–       Este mesmo mentor é pior daqueles que já não utilizam desses fluídos densos em seu trabalho? NÃO.

–       É errado os mentores utilizarem bebidas alcóolicas em seus trabalhos, bem como o fumo para a prática do bem e da caridade? NÃO.

–       Estes mesmos mentores que trabalham na camada mais telúrica podem um dia trabalhar nas camadas mais sutis da magia? SIM.

Mas é muito importante realizar uma ressalva, ao passo que você vai evoluindo, estudando, aprendendo, crescendo, seus mentores o acompanharão nessa jornada, nessa empreitada, é algo que eu sempre digo, eles também aprendem conosco, então é importante sair do comodismo e sair da osmose que existe em muitos centros de umbanda. Faça a diferença, cresça, não limite o poder do seu mentor, pelo contrário, floresça espiritualmente.

Não devemos nunca nos acomodar, assim como o tempo é contínuo, o nosso aprendizado também deve ser. E já havia dito, mediunidade e mentores é uma simbiose, um precisa do outro para evoluir, ambos aprendem, ambos auxiliam e ambos trabalham para a prática do bem e da caridade, o medium doa seu tempo e a matéria, enquanto o mentor doa seu conhecimento e magia, com isso, todos saem ganhando. Não limite o poder do seu mentor com a cegueira da ignorância.

Todos são trabalhadores da prática do bem e da caridade, assim como uma Grande Instituição, seus colaboradores começa do porteiro, aquele que abre a porta para a entrada de visitantes e termina no CEO, ou o presidente da Insituição, todos dentro dessa Instituição tem sua função predeterminada, desde a copeira, que prepara nossas bebidas, a mulher da higiene, que mantém nosso ambiente de trabalho agradável, aromático e limpo, ao colega da TI, que dá o suporte quando o computador trava ou deixa de cumprir as funções determinadas, até os gerentes, diretores, e assim vai. Tudo é um organismo, somos apenas células de um Corpo muito mais Complexo do que imaginamos.

Como sempre digo, não existe o Certo ou o Errado, existe sim, o conjunto de boas práticas. Isso que temos que nos atentar, por exemplo, não podemos dar para uma criança de 6 anos, 3 copos de pinga para dar um passe, não podemos pedir também para que um senhor de idade receba todos os possessores em sua matéria para fazer limpeza.

E é importante ressaltar o que eu sempre digo, além de ser mais importante a dedicação do medium ao seu grau de incorporação, mas vale a boa intenção daquele mentor à forma de trabalho do mesmo. Se está fazendo o bem, não deixando sequelas no medium ou no consulente, que seja muito bem vindo na Seara do Amor e da Caridade.

Assim como os cargos existentes em uma empresa, assim como as patentes existentes no âmbito militar, ou até mesmo a hierarquia dentro das Instituições Religiosas, existe também essa mesma divisão dentro do Plano Espiritual.

Vibre positivamente, Vibre sempre com o Amor Pulsante para que você atraia somente Espíritos de Luz que visa o seu amadurecimento Espiritual e o Amor ao Próximo.

O outro lado está infestado com a Penumbra das trevas, faça de tudo para não ser mais um canal deles.

O Poder está em Vocês! Se o seu mentor bebe, fuma, dá cambalhota, não importa, desde que ele cumpra com objetividade a sua função dentro do centro, porque eles não utilizam seu corpo pra vir brincar, eles tem uma função a cumprir, então ajude-os.

Eles também dependem de você!

Paz Profunda meus queridos.

Com amor.

Neófito da Luz.

Bebida simples ou de qualidade?

chivas1

 

Bom, irmãos de fé, esse título foi algo que eu ouvi de uma irmã de santo da qual tenho muita confiança e entrou recentemente em nossa egrégora, o exú exigir um whisky de boa qualidade. Com isso eu me pergunto: Um exú quer um whisky de boa qualidade porque ele gosta de beber esse whisky, porque quanto maior a qualidade, melhor o trabalho ou seria porque seu aparelho faz questão de tomar um whisky de alta qualidade.

Para refletir sobre esse assunto, eu gostaria de expor um pouco a minha idéia em relação a isso, em minha opinião, o álcool é apenas um elemento de trabalho relativo à vibração da entidade que o utiliza, trocando em miúdos, quanto maior a necessidade de um trabalho mais próximo ao nosso plano, maior a necessidade em trabalhar com elementos mais densos, como o álcool no caso.

Em hipótese alguma, acredito que isso saia seriamente da boca de um exú, conheço sim, exús que brincam em relação ao whisky que tomam, mas exigir um whisky de boa qualidade para que possam apreciar e trabalhar com ele, para mim seria uma afirmação inadmissível, algo que contraria totalmente as leis da Umbanda, como a humildade tanto pregada pelos nossos queridos vovós e vovôs da Umbanda.

Qual a diferença de um whisky de boa ou má qualidade? Apenas o teor de álcool? A “esmaltação”? Tudo isso seria necessário para o bom andamento dos trabalhos? Creio que não, acredito sim na hipótese de mistificação, acho que o que vale lembrar é sim o teor de álcool e a utilização desse elemento para o trabalho, um exú de Lei, trabalha com qualquer bebida que contenha álcool, talvez, ele tenha uma afinidade maior com determinados tipos de bebidas, talvez alguns prefiram o conhaque, pela existência do gengibre, outros o vinho, pela existência da própria uva, isso realmente é relativo e cada entidade tem uma certa preferência para escolher seus elementos de trabalho, mas no caso exigir um whisky de boa qualidade, como por exemplo, um Red Label, um Chivas, eu acho realmente um absurdo, talvez uma forma materialista do próprio medium ostentar um certo poder ao seu guia, em outras palavras, minha entidade é “chique, enjoada” só toma coisas de boa qualidade. Isso é consequência de um grave defeito que existem entre os filhos da Umbanda, o Antropomorfismo, agora que discutiremos posteriormente, em poucas palavras, é a forma de atribuir todos os pensamentos, defeitos e qualidades humanas aos guias e orixás, como ocorriam com os Deuses Gregos, por exemplo, ninguém possuía a coragem de enfrentar a Fúria de Zeus.

É uma forma de “humanizar” os guias e orixás, e acredito estarem em um patamar que dispensa tais sentimentos e pensamentos primitivos. Portanto, minha gente, em meus 12 anos de Umbanda e um pouco de experiência que eu obtive com guias e orixás, acho uma luxúria tal solicitação, é claro que, ouvirei de certos filhos que isso pode ser um ensinamento que o guia tá dando, que o guia sabe o que faz e blá, blá, blá, mas vale lembrar que acima do guia no ato da incorporação, há sim a cabeça do medium que pode prejudicar a comunicação entre guia e matéria. Portanto, o intuito desse blog é além de compartilhar o pouco da minha experiência, é tentar desmistificar algumas tradições que foram oriundas de simples superstições sem o devido embasamento, que de certa forma, acho que é o caso dessa situação.

A Exigência de um whisky de boa qualidade para uma pessoa, que se ali houvesse uma entidade firme, não pediria algo tão caro para alguém desempregado, e isso, nada mais é, do que mais uma história de ignorância do Grande Livro que escreve a nossa Amada e Singular Umbanda.

Enfim, essa é minha opinião, para a entidade, whisky é whisky, e acima da qualidade do whisky, existe o pensamento, que é a maior força do Universo, existe sim a intencão, o objetivo do medium da entidade e da própria entidade, o álcool, é apenas algo superfluo que possui influência apenas em nosso limitado plano materialista, portanto, ele é secundário servindo apenas como base e auxílio para o trabalho terrícola. Portanto, de boa ou má qualidade, o mais importante é a vibração da entidade e do medium, e acima de tudo, as intenções de ambos para a prática do Amor e da Caridade.

Um cordial Saravá.

Aranauam.

Neófito da Luz.

Bebidas caras para entidades. É realmente necessário?

chivas1

Bom, irmãos de fé, esse título foi algo que eu ouvi de uma irmã de santo da qual tenho muita confiança e entrou recentemente em nossa egrégora, o exú exigir um whisky de boa qualidade. Com isso eu me pergunto: Um exú quer um whisky de boa qualidade porque ele gosta de beber esse whisky, porque quanto maior a qualidade, melhor o trabalho ou seria porque seu aparelho faz questão de tomar um whisky de alta qualidade.

Para refletir sobre esse assunto, eu gostaria de expor um pouco a minha idéia em relação a isso, em minha opinião, o álcool é apenas um elemento de trabalho relativo à vibração da entidade que o utiliza, trocando em miúdos, quanto maior a necessidade de um trabalho mais próximo ao nosso plano, maior a necessidade em trabalhar com elementos mais densos, como o álcool no caso.

Em hipótese alguma, acredito que isso saia seriamente da boca de um exú, conheço sim, exús que brincam em relação ao whisky que tomam, mas exigir um whisky de boa qualidade para que possam apreciar e trabalhar com ele, para mim seria uma afirmação inadmissível, algo que contraria totalmente as leis da Umbanda, como a humildade tanto pregada pelos nossos queridos vovós e vovôs da Umbanda.

Qual a diferença de um whisky de boa ou má qualidade? Apenas o teor de álcool? A “esmaltação”? Tudo isso seria necessário para o bom andamento dos trabalhos? Creio que não, acredito sim na hipótese de mistificação, acho que o que vale lembrar é sim o teor de álcool e a utilização desse elemento para o trabalho, um exú de Lei, trabalha com qualquer bebida que contenha álcool, talvez, ele tenha uma afinidade maior com determinados tipos de bebidas, talvez alguns prefiram o conhaque, pela existência do gengibre, outros o vinho, pela existência da própria uva, isso realmente é relativo e cada entidade tem uma certa preferência para escolher seus elementos de trabalho, mas no caso exigir um whisky de boa qualidade, como por exemplo, um Red Label, um Chivas, eu acho realmente um absurdo, talvez uma forma materialista do próprio medium ostentar um certo poder ao seu guia, em outras palavras, minha entidade é “chique, enjoada” só toma coisas de boa qualidade. Isso é consequência de um grave defeito que existem entre os filhos da Umbanda, o Antropomorfismo, agora que discutiremos posteriormente, em poucas palavras, é a forma de atribuir todos os pensamentos, defeitos e qualidades humanas aos guias e orixás, como ocorriam com os Deuses Gregos, por exemplo, ninguém possuía a coragem de enfrentar a Fúria de Zeus.

É uma forma de “humanizar” os guias e orixás, e acredito estarem em um patamar que dispensa tais sentimentos e pensamentos primitivos. Portanto, minha gente, em meus 12 anos de Umbanda e um pouco de experiência que eu obtive com guias e orixás, acho uma luxúria tal solicitação, é claro que, ouvirei de certos filhos que isso pode ser um ensinamento que o guia tá dando, que o guia sabe o que faz e blá, blá, blá, mas vale lembrar que acima do guia no ato da incorporação, há sim a cabeça do medium que pode prejudicar a comunicação entre guia e matéria. Portanto, o intuito desse blog é além de compartilhar o pouco da minha experiência, é tentar desmistificar algumas tradições que foram oriundas de simples superstições sem o devido embasamento, que de certa forma, acho que é o caso dessa situação.

A Exigência de um whisky de boa qualidade para uma pessoa, que se ali houvesse uma entidade firme, não pediria algo tão caro para alguém desempregado, e isso, nada mais é, do que mais uma história de ignorância do Grande Livro que escreve a nossa Amada e Singular Umbanda.

Enfim, essa é minha opinião, para a entidade, whisky é whisky, e acima da qualidade do whisky, existe o pensamento, que é a maior força do Universo, existe sim a intencão, o objetivo do medium da entidade e da própria entidade, o álcool, é apenas algo superfluo que possui influência apenas em nosso limitado plano materialista, portanto, ele é secundário servindo apenas como base e auxílio para o trabalho terrícola. Portanto, de boa ou má qualidade, o mais importante é a vibração da entidade e do medium, e acima de tudo, as intenções de ambos para a prática do Amor e da Caridade.

Um cordial Saravá.

Aranauam.

Neófito da Luz.