Menstruação, Maquiagem e Curimba

Saudações irmãos de senda, vamos para mais um artigo extremamente voltado para o publico feminino e para eliminar todas essas contradições existentes nas casas.

Começaremos pela menstruação, mais uma infeliz herança mal fundamentada dos cultos à nação, onde mulher menstruada se torna impura, o que algumas casas retrógradas afirmam é que a energia do sangue por atrair espíritos negativos, também existia o fato de orisá esù não resistir ao cheiro do sangue e atacar e/ou possuir a adepta que realiza o culto.

Pra quem me conhece, sabe que eu ignoro qualquer culto ancestral mal fundamentado ou erguido através de superstições, novamente, volto a ressaltar, não estou contestando se há ou não riqueza nos cultos e mitos iorubas, mas é de absoluta certeza que todos eles sofreram influências no decorrer dos tempos, e todo ensinamento repassado oralmente fica a mercê de interpretações e boatos, o que faz com que degrada veementemente todo o conhecimento Original.

O único empecilho que vejo no caso da mulher trabalhar menstruada, é a calça branca e qualquer outro desconforto que pode ser causado, nesse sentido, sim, acho interessante que a mesma possa se resguardar na assistência, porque depende de como está o fluxo menstrual no dia dos trabalhos, mas não que a mulher se torna impura ou o alimento preferido de exus, pelo contrário, somos umbandistas e o sacrifício de sangue é irrelevante, não condiz com o culto original da religião.

Não existe impureza, não existe quizila, não existe castigo, acho deprimente e machista impedir a filha de praticar a caridade porque ele está menstruada, pra mim é apenas ignorância, portanto, sinal vermelho não significa parar com os trabalhos e sim praticar a caridade no dia dos trabalhos!

Já aproveitando o gancho e desrespeitando um pouco a ordem do título, muitas casas também evitam a mulher tocar o tambor, o que eu acho de puro machismo, algo totalmente ancestral e supersticioso, se a mulher tem mão de batuque, pode tocar sem problema algum, quizila é coisa de supersticioso, e como não sou, bota a mão no couro e vamos fazer a curimba tremer.

Se mulher pode servir fumos e bebidas, pode incorporar os guias espirituais, pode acender velas, então também pode tocar atabaque, faz parte do processo de servidão para com o plano espiritual, isso é mais uma infeliz herança do candomblé que o dirigente pouco estudado adota em seus cultos umbanditas, isso é herança dos cultos de nação, e menstruação está inserido nesse contexto, portanto, se a casa é Umbanda e não permite o toque, alguém precisa rever os conceitos, e mesmo que seja candomblé, em 2015, minha gente, ainda esse apartheid sexual? Vamos acordar né, povo?!

E por último e não menos importante, o uso de maquiagens, eu já estava postando sobre isso, quando a irmã Natália me perguntou de esmalte, algo que ela gosta muito e de preferência de cores fortes e é coibido a utilização do mesmo na casa.

O contexto da maquiagem é um pouco mais delicado que não tange somente fundamentos afro-brasileiros e sim como um contexto social, muitas casas, inclusive muitas irmãs, me disseram que são contra a utilização de maquiagens porque o centro é para a prática do bem e da caridade, portanto, a filha vai buscar algo maior do que somente a vaidade, estranho que duas dessas irmãs que me falaram ser totalmente contra, as pomba-giras das mesmas parecem palhaços durante o culto, com tanta maquiagem que mal conseguem sorrir, estranho não?

Mas voltando ao assunto, eu sou totalmente a favor de esmalte sim, um lápis no olho, um brilho labial, acho que todo mundo tem que ir arrumado, não é porque vai trabalhar na caridade que tem que não se valorizar, na própria igreja, eles usam ternos e vestidos, usam sua melhor roupa porque se encontrarão com Deus no culto, então nada mais justo do que usar sua melhor roupa para encontrar com alguém tão importante, no caso, Deus, e como na Umbanda, graças a Deus, existe um uniforme em si, que é a roupa branca, não vejo nada demais a mulher se sentir bonita para servir os seus guias e mentores e também estar bem para os consulentes.

Claramente, existe o meio termo, também não vai passar sombra, batom vermelho chamativo, lápis, delineador, base e tudo mais também não precisa ir com a “cara lavada” né?

Mas é isso aí.

Textos curtos só para embasar um pouco sobre três temas que são tão comentados nos e-mails.

Menstruação, Maquiagem e Curimba são muito indagados então fecho os três aqui de forma básica e objetiva, sem delongas.

Forte abraço a todos.

Neófito .’.

Agô no cemitério e na encruza, sexo na sexta, antropomorfismo e vaidade do dirigente.

Agô no cemitério e na encruza, sexo na sexta, antropomorfismo e vaidade do dirigente.

Caros irmãos, Namastê.

Hoje vou tentar uma modalidade diferente de post, vou pegar pequenos posts, tentar encontrar alguma relação entre eles e colocar dois, três assuntos diferentes e relativamente coligados.

Esse post esmiuçará um pouco velhos hábitos que temos dentro de muitas religiões, o porquê existem e se realmente fazem sentido. Falaremos um pouco de hábitos e antropomorfismo. Eu encontrei outro dia com uma pessoa passando em frente ao cemitério e pedindo “Agô” a Omulu para que pudesse passar pela porteira.

Eu lembro que já questionei alguns sacerdotes, fui informado que não pedir “Maleme” ou “Agô” na encruzilhada cruzando os dedos e abaixando as duas mãos, dá quizila. Nem preciso falar o quanto eu amo essa palavra “quizila”. Não só pode ocorrer a quizila com o irmão, como também uma punição pela falta de respeito do mesmo ao passar pelo campo mágico de Omulu ou dos Exus.

Mais uma vez é evidente o emprego do antropomorfismo, para quem ainda não sabe o que é essa palavra, segue o link: http://www.infoescola.com/cultura/antropomorfismo-2/

Isso é muito utilizado em religiões monoteístas, principalmente no Antigo Testamento, o Deus Vingativo, aquele que pune, aquele que não perdoa, aquele que condena os errantes ao Fogo Eterno.

Sinceramente, isso pra mim é algo que está mais do que ultrapassado, infelizmente isso é muito cultuado em centros, aquele orixá castigador, punidor, que não perdoa quaisquer falhas dos filhos. Quantas vezes eu já presenciei ameaças de mentores?

Sinceramente, queridos irmãos, eu mesmo nunca me relacionei com esse tipo de mentor, os meus sempre eram passíveis, sempre compreensíveis, amáveis, e olha que já cometi muitas falhas em terreiros, não eram vingativos e sim ilustrativos, eram mentores e não carrascos, existia uma filha na casa que eu trabalhava que falava muito mal de mim, um dia, Chico Preto veio em uma linha que não era dele, desceu pra fazer o trabalho e depois abraçou essa filha e disse baixo, com aquele jeito paternal dele: “Menininha, cuidado com o que tu sai falando, isso deixa as pessoas tristes, eles não sabem, mas eu vejo o que tu tá fazendo”. Isso foi entre ela e ele, até o momento eu não sabia do que se tratava, até que veio em outra linha o exu de outra vítima da calúnia dessa irmã e falou alto, gritou e ameaçou. Aí eu me pergunto: Será que realmente era espírito ou aquilo que eu sempre digo, o animismo exacerbado e o campo emocional do médium tomando conta?

Existem casos e casos, claro que se você desrespeita uma Ordem Direta do seu mentor, DEPENDENDO da vibração dele, você pode sofrer certos castigos, tomar tapinhas, por exemplo, eu tinha um caboclo que pulava muito alto e dava um brado bonito de guerra, já até contei isso no blog, e o centro estava cheio de meninas (sim, já tive 18 anos, [risos]) e eu queria com certeza fazê-lo vir pra inflar o meu ego, infelizmente, naquele dia não era o dia dele, e sim o simpático Senhor Rompe-Mato (Acho que ele só falou uma vez na vida, [risos]) que não vinha de uma forma tão glamorosa, aí firmei, firmei, firmei no outro caboclo, quando senti o caboclo, pulei, na que eu pulei, acho que foi fortes emoções ou ele me jogou no alto de propósito, e estourei o joelho no chão, ficou uma bola enorme durante 20 dias, aí aprendi a lição, fora a vergonha, centro cheio e queria sumir dali.

São muitas pontos que devem chamar a nossa atenção, não acredito em punições severas por parte de mentores de luz, acredito em conversa, em aconselhamento, existe certos castigos, cada caso é um caso, mas muitos temem uma punição severa, perda de trabalho, acidentes. Esse tipo de punição é executada pelos mestres cármicos, através da lei do Retorno, e muitos exus que fazem parte desse trabalho, não descem em Terreiro causando ameaças e sim avisos. Se eu passasse em cada esquina e pedisse licença, seria um transtorno e até mesmo vexaminoso, porque eventualmente cruzo esquinas com amigos, colegas de trabalho, etc.

Nunca fui punido por ninguém por não pedir essa licença, e graças a Deus tenho ótimo relacionamento com a linha da esquerda.

Logo, vamos começar a pensar mais e esquecer velhos hábitos, tentar entender porque existem certos fundamentos e conceitos, o que acontece com muita gente, a esmagadora maioria é que segue o que é dito, não perguntam o porquê, agem por osmose, fazem porque outras pessoas fazem e isso é causa tanto desentendimento, superstição e ignorância dentro dos terreiros e até mesmo igrejas. Entendam o porquê vocês fazem certas coisas e se o sacerdote te diz que não tem permissão para dizer ou ainda não é o momento de explicar conceitos tão simplórios, é que ele mesmo não sabe!

Eu frequentei um centro uma vez onde comemorava-se o dia de Oxalá na sexta-feira, onde não poderíamos fazer nada, nem sexo, nem bebida alcóolica, o que nunca foi problema pra mim que raramente eu bebo, não podia nem dar um beijo gostoso na namorada e nem tampouco, já que somos todos adultos aqui, se masturbar.

Eu concordo plenamente em se abster de certos elementos e hábitos no dia que precede os trabalhos mediúnicos, mas em uma sexta-feira onde o sábado não terá trabalhos espirituais, nada mais é que superstição ou vício de estudo, ou seja, uma tradição que seguimos por hábito e não por fundamento. Alguém lá atrás teve uma coincidência e decidiu que seria assim. Eu trabalho muito com mentores de Oxalá, mesmo porque meu Xangô é cruzado com Oxalá e Sr. Urubatão da Guia, Rei das Sete Encruzilhadas, Rei Boiadeiro são todos mentores da vibração de Oxalá e nunca recebi nenhuma punição por isso. Existe muitas superstições dentro dos terreiros e esquecem demasiadamente que o que faz um excelente médium ter um excelente trabalho, é o seu coração, a sua dedicação para com o próximo, o seu amor para com seus mentores e os preceitos solicitados. Eles entendem perfeitamente que você é vivo, tem uma vida, repleta de defeitos e paixões, e que você deve vive-la para aprender, e esses preceitos de dia de Oxalá sem sexo, preceitos que fica 30 dias sem relações sexuais ficou lá atrás.

Até acredito sim, que devemos guardar o corpo por alguns dias, sim, acredito, mas não tanto tempo, eu já fui mais novo, meus hormônios estavam à flor da pele, saí de um preceito, mesmo solicitado pelo mentor três dias de resguardo, saí correndo para ter relações com a namorada e tomei uma queimada do nada em meu braço, depois meu marinheiro disse que foi porque eu não respeitei e queimou o charuto no meu braço.

Ai entra a questão: Ué, você não disse que não punem? Eu também disse que há casos e casos, essas são pequenas advertências mais enfáticas, não é um caso de perder namorada, ficar doente, perder o carro ou até mesmo o trabalho, o que eu ouço muito “mentor” ou sacerdote dizendo.

Não existe uma Regra Universal, como eu sempre digo, mas um Conjunto de Boas Práticas e uma boa dose de Bom Senso.

Se você não é casado com alguém da religião, fica impraticável a convivência, principalmente começo de casamento onde os hormônios e paixões sobressaltam nossos sentidos, se você vai fazer uma obrigação que demanda 30, 60 dias de resguardo, fica complicado, mesmo porque nunca os meus me pediram isso, como já relatei, foram no máximo três dias que por ser muito novo, não havia respeitado e aprendi de forma “quente” a lição.

Portanto, sexo na sexta-feira pra mim nunca foi um problema, desde que não precedesse os trabalhos da casa, dia de Oxalá é uma coisa, agora não precisa de abdicar de tudo, Oxalá é Paz, Equilíbrio, não dá quizila nenhuma curtir sua sexta-feira, quando suas obrigações mediúnicas foram cumpridas. Muitos médiuns confundem obrigação mediúnica, com dedicação e resguardo.

Você pode viver felizmente a sua vida, curtir seus amigos, ir para um “Happy Hour” na sua sexta-feira, curtir a sua vida, afinal, viemos aqui para viver de forma intensa, obviamente não estou falando pra você se alcolizar, participar de orgias, mas curta, tome um vinho com sua companheira, curta-a, faça da noite algo especial, aliás, é o dia que precede o final de semana, o dia tão esperado por muitos. Eu mesmo já fiz sem aquele peso na consciência porque nunca me obrigaram a tal. Antes de acreditar nessas superstições e preceitos da religião, consulte os seus guias, eles te informarão melhor do que ninguém o que deve ser feito.

Outro caso complicado são os sacerdotes que exigem que os filhos se ajoelhem ou peçam a benção independente de onde encontram, esse mesmo centro, o sacerdote inflado de vaidade exigia isso, em um dia eu o vi de longe do outro lado da rua e estava com dois amigos, confesso que fingi que não vi, mas ele mais esperto que eu percebeu e depois, uma coisa que era muito comum no centro, o que ele tinha que falar, usava o Sr. Zé Pelintra, era incrível, toda coisa que o irritava, o Sr. Zé Pelintra que falava e ficava impressionado como todos ficavam boquiabertos ou até mesmo pasmos com esse Zé Pelintra, que dava bronca e falava. E eu já como era meio cético por volta dos meus 22 anos, já ia a fundo nos estudos, percebia que o Zé Pelintra era a forma que ele tinha de se manifestar e ter mais respeito dos médiuns e assistentes da casa.

Quantas vezes eu vi aquele Zé também dizendo tudo o que ele havia feito, vivia falando: “Não falei que isso ia acontecer?”, “Eu falei que isso não daria certo!”, “Eu que fiz isso, você viu que quando prometo, eu cumpro?”. Isso nada mais é que a vaidade do médium tomando conta da comunicação. Atentem-se. Aquele que ajuda de coração, ele ajuda sem precisar dar satisfação, aquele que ajuda e quer mostrar, nada mais quer que holofotes sobre ele. Existe uma grande diferença entre ajudar porque faz parte da natureza em ajudar, em querer bem e ajudar para mostrar, isso não é ajuda e sim vaidade! Quem faz por amor, faz no anonimato não esperando reconhecimento. E isso não é diferente no mundo espiritual.

Esse mesmo sacerdote, não deixava médiuns que mesmo que tinha caciques usar cocares grandes e nem marinheiros usarem quepe, mesmo sendo Martinho onde a grande maioria utiliza, porque o único capitão do mar era o marinheiro dele. Medíocre!

Sacerdote que pede para se ajoelhar não quer respeito, quer inflar o seu ego, é vaidoso. E o mais importante, que vai ficar para o próximo post, ele exige isso, porque zela pelo seu santo, e seu “santo”, não precisa de zelador! [Risos].

Zelador que exige ter sua mão beijada, quer seguidores, se considera acima dos seus filhos, onde está tudo errado, já vi médiuns, filhos da casa serem médiuns muito superiores ao próprio sacerdote da casa.

Esse foi um mix de assuntos, teremos mais em breve para assuntos que são muito curtos.

Namastê.

Neófito da Luz.

O Axé sem Sabedoria

12Pergaminho

Muitos que me conhecem, sabe da profunda importância que eu dou para o conhecimento dentro da liturgia umbandista, acima disso, todos os filhos da casa, de onde eu sou pai pequeno, faço questão de saberem todo o contexto introdutório dentro de minha teoria, é claro, sobre os guias, orixás, liturgias, entre outras coisas.

Para quem ainda não sabe, eu sou totalmente avesso ao batimento de cabeça, se em minha casa, enfatizo a humildade e a igualdade entre irmãos, todos nós estamos nessa eterna escola de aprendizado chamado Vida, por onde, todos erramos, portanto, não acho que ninguém nesse plano, ou melhor, quase ninguém, possui atributos irrefutáveis para as pessoas se ajoelharem a ela, não gosto de ninguém batendo cabeça a mim, pois não sou digno de tal, muitos podem falar que é uma demonstração de respeito, concordo plenamente, mas podem demonstrar isso ao meu orixá, pois sou tão igual como o adepto que ali adentra.

Mas voltando ao escopo da postagem, eu sou adepto ao meu teorema que eu costumo dizer na casa, “Medium ignorante, guia ignorante”, baseando nisso, faço questão de fornecer toda a teoria litúrgica da casa, bem como as formas das quais vemos as entidades, as linhas e o axé em si.

Para entenderem mais ou menos o que quero propor, vou contar uma pequena história que ocorreu há uns dias atrás:

Chegaram duas mediuns na casa no último domingo, eram de outra casa e estavam procurando um novo centro para frequentarem.

Nós sentimos quando as pessoas são mediuns, não? Mal iniciei com os pontos de abertura para os orixás, e já começaram a se “pipocar” dentro da assistência (Algo que eu discordo totalmente, se o guia quer trabalhar, ele aguarda o momento dele), tomei a atitude de costume, muito criticada por todos por sinal, de fingir que nem vi o que estava acontecendo.

Costumo ignorar para não dar mais asas à imaginação do medium.

É interessante como isso ocorre, você começa a ignorar, o guia deixa de fazer questão de vir, mas enfim, continuando… Gira de caboclo, hora do passe, as filhas adentraram-se na corrente, antes de ao menos algum guia da corrente chamar, já incorporaram e o caboclo já pedindo charuto.

Eu, com a calma de sempre, cortei…

Disse calmamente:

– Meu pai, é contra as regras da casa fornecer qualquer material para entidades que não fazem parte da corrente. Por incrível que pareça, o caboclo todo irritado, disse que sem aquilo não trabalhava. (Tudo bem, mas quem o chamou ali? rsrsrs).

O caboclo subiu todo irritado.  (Primeiro gente, guia irritado? Segundo, guia subir pq não satisfizemos às suas vontades? Vaidade?) Dando continuidade aos trabalhos, tive o azar do mentor da casa querer virar o trabalho para exú, logo pensei: “Pronto, é melhor nem incorporar porque vai dar pano pra manga”.

Começou a puxar a esquerda e a pombagira dessa filha já veio virada da assistência (Juro, era o que eu temia). O sacerdote da casa é a calma em pessoa, deixa tudo correr frouxo, ele mesmo me disse que me outorgou o título de pai pequeno, pq ele é o bom e eu o ruim, com isso a casa ficaria equilibrada.

E a pombagira veio, falou as “do fim” porque eu não dei charuto pro penudo, que ele precisava descarregar, que é uma falta de respeito e tudo mais. Que é inadmissível alguém negar algo pra um guia, que é uma falta de respeito e que o caboclo iria castigar a casa.

Eu disse: – Primeiro, falta de respeito é uma entidade vir, sem ao menos ser chamada, e já exigir fumo sem ao menos fazer parte da egrégora da corrente.

Pior ainda é vir na assistência, sem ao menos ser chamado para agregar nos trabalhos.

[É incrível como esse pessoal que vem de Umbanda traçada ou até mesmo candomblé gostam de roubar a cena e ainda querer dominar os trabalhos, já vi centro de Umbanda que quando chega um sacerdote de outra casa, principalmente candomblé, só falta bater cabeça pra ele, ali não, comigo não, rsrsrsrs.]

A pombagira começou a me ameaçar, que se eu não fizesse o que ela queria, ela tiraria a minha vida, ou meu carro ou até mesmo meu amor. Depois eu continuo a história….

Não percam o próximo capítulo da saga “A Pombagira e o pai-pequeno”.

Onde eu quero chegar com tudo isso? Primeiro, guia de luz não faz ameaça, é fato…

Segundo, que entidade teria o poder de levar a vida de alguém? Tomar meu carro?

Onde eu quero chegar, é que se o filho fosse devidamente doutrinado e instruído, fatalmente isso não aconteceria, principalmente não existiriam mediuns nômades, o que ocorre sempre, mediuns buscando casas para desafiarem e se exibirem com o que nada têm: O Conhecimento. Mediuns esses carentes de atenção e que procuram casas para serem bajulados e chamarem a atenção pelos seus guias. Vaidade, gente. Vaidade!!!

Em minha casa, prego muito mais o conhecimento, a sabedoria, a caridade à apoteose. É claro, há coisas que agradam aos nossos olhos, é muito legal ver uma entidade dançando bem, um belo grito de um boiadeiro, mas como já dizia o velho sábio: “O Essencial é invisível aos olhos”.

Então queridos mediuns, estudem, procurem, porque vocês são o princípio ativo da incorporação, o espírito amparador tem força, tem sabedoria, mas para ele atingir o consulente, ele necessita de você, cabe a você ter todas as ferramentas necessárias para auxiliar o trabalho de seu guia. Comecem com o conhecimento, com a sabedoria, é o princípio reagente para qualquer outras necessidades para se tornarem ótimos mediuns.

Paz Profunda

Neófito da Luz